sexta-feira, 27 de junho de 2008

Tenho uma paixão por fotografia

Gosto de fotografar os mais variados motivos, mas por vicissitudes várias, acabo por fotografar maioritariamente motivos de natureza, aves predominantemente. Na verdade, adoro fotografar pessoas, mas sinto-me quase intimidado a fotografa-las sem consentimento e assim captar a sua verdadeira beleza, sem poses ou sorrisos forçados.

Segundo o Flickr, da já longa lista de fotos que por lá tenho, estas são as mais populares. Não sei como é calculado este ranking, mas considero que algumas são mesmo das melhores fotos que já tirei.

O prazer que me dá carregar no botão no momento certo é quase indescritível. Se bem que a ansiedade da revelação se esvaiu um pouco com a era das máquinas digitais, é um facto que nem todas as fotografias que parecem aceitáveis na pré-visualização das máquinas, são na verdade aproveitáveis. Muitas são, mesmo assim, as desilusões e os pensamentos de "Bolas, devia ter disparado mais uma!", nem por isso deixam de ocorrer, quando sentados em frente ao monitor, as visualizamos pela primeira vez, em tamanho real.

Claro que as máquinas digitais nos facilitam a vida e permitem experiências que de outro modo dificilmente faríamos. Não se desperdiçam recursos, com excepção do espaço do cartão de memória, mas nem isso hoje em dia é problema. Estão mais baratos que nunca e mais rápidos do que alguma vez podemos imaginar.

Profundidade de campo
Profundidade de campo #1
O tempo de exposição, a profundidade de campo, conjugados com as medições de luz "a olho", podem dar resultados surpreendentemente diferentes para um mesmo motivo e nem sempre a medição mais adequada é a que produz o melhor efeito. Neste ponto um hip hip hurra para as máquinas digitais que nos permitem ir aperfeiçoando e conhecendo o equipamento, vantagens, limitações e ou capacidades.

Existem técnicas diferentes que se podem empregar, vários equipamentos, etc, conforme o motivo que vamos captar. Já aqui escrevi (e o assunto ainda será abordado, novamente) sobre o digiscoping, por exemplo, bastante utilizado na observação de animais, no meu caso, aves.

Profundidade de campo
Profundidade de campo #2
A calma é essencial para uma boa fotografia. Chegar, ver e disparar nunca deu bom resultado. A paciência com que se analisa o motivo, se percebe de onde a luz vem ou de como poderá favorecer ou não a captura e, mais uma vez, a profundidade de campo e tempo de exposição, podem fazer a diferença. Nesta foto ao lado, preferiria sempre uma profundidade de campo reduzida, que faria sobressair a flor, motivo central da composição (apesar do enquadramento poder não ser o melhor). Mas se por acaso estivesse algo de interessante, ao nível do solo, sem dúvida que uma maior profundidade de campo seria bem mais interessante.

Chegar, ver a flor gira e disparar, poderia ter-se perdido um bom motivo e ter capturado apenas um, motivo banal, mais uma foto no meio de tantas outras.

Tudo se resumirá à paixão. Como em tudo. Tudo o que se faz por gosto, sai bem.

Sinto que a fotografia para mim, é bem mais que um gosto, é um escape, uma actividade que me liberta do stress do dia-a-dia e me desperta para coisas simples, pequenas, belas que de outro modo me passariam despercebidas. Gosto de andar com a máquina atrás, sempre.

Nunca se sabe quando um bom motivo se cruzará no nosso caminho...

2 comentários:

Ranger Bob disse...

"O prazer que me dá carregar no botão no momento certo é quase indescritível."

Começo a sentir a mesma coisa!

Já agora, o link para as tuas fotos mais interessantes não funciona, só tu é que o consegues ver.

PE disse...

Pois não... Só funciona quando estou "loggado" no Flickr... Obrigado pelo alerta!

Mas por aqui, já dá para ter uma ideia: http://img141.imageshack.us/img141/3025/mostinterestingflickrxd1.jpg

:)