terça-feira, 28 de outubro de 2008

NOTA

Detesto este horário de Inverno!

Não sei porque é que se insiste em "obrigar" a esta hora, porque é a todos os níveis, deprimente.

domingo, 12 de outubro de 2008

Pôr-do-sol



É um motivo banal, em termos meramente fotográficos.

Normalmente nem é preciso pensar muito ou tentar enquadramentos difíceis ou avançados, para se conseguir uma boa foto. Tecnicamente, digamos, é um motivo (bastante) pobre, fácil de se conseguir e, por isso mesmo, com bons resultados finais possíveis, mesmo para quem "olha e dispara", sem perder tempo a perceber, a sentir e a envolver-se no tema fotografado, (nunca pensei a vir a dizer isto) habituado ao facilitismo das máquinas digitais e da pré-visualização imediata.

Mas é um motivo que continua a exercer um fascínio completo e poderoso sobre a mente humana, inspirada por tal maravilhosa visão, seja ao vivo, seja em imagens reproduzidas, analógicas, digitais, impressas ou não. Sem saber o porquê, sem perceber o como.

E o que é facto é que têm estado uns pores de sol maravilhosamente fantásticos, neste início de Outono, em que teima não chover (muito). Hoje será talvez a primeira excepção...

Ao final da tarde, em plena Ponte 25 de Abril, montado na minha Vespa, raros são os dias em que não desvio o olhar da fila de carros que circula à minha frente, para ver, à direita, um magnífico pôr-do-sol.

Este foi registado na Fonte da Telha, depois de uma longa caminhada pelo areal.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Pode ser que seja (apenas) do (mau) tempo...

Bem me tenho contorcido, retorcido, comprimido, inibido e mais coisas em ido ou não mas que evitam uma acção, de escrever aqui sobre a actualidade, crises económicas e porcarias do género. É um facto. Lendo os meus mais recentes escritos, não lêem cá nada disto, mas... Outro facto, enche-se, enche-se até que tem que vir por fora!

É quase ridícula a desfaçatez e superioridade com que manipulam a nossa vida! Não há maneira de descrever melhor, acho eu. É inadmissível que, apesar de todas as mentiras, de todas as injustiças de todas as manipulações falhadas que sempre se descobrem quando se chateiam as comadres, continuemos a deixar que nos façam de tolos e que, com papas e bolos, nos levem. É.

É digno de artista de circo com nariz batatudo e vermelho que nos queiram fazer entender que temos que patrocinar os prejuízos dos bancos e outras entidades financeiras, quando os gestores que as arruinaram, levaram na mesma os seus chorudos prémios de desempenho e produtividade, no bolso. Apenas e só para derreter em futilidades, porque ponho em causa que a partir de certo ponto, se precise de tanto dinheiro para sobreviver com a dignidade de um ser humano que não a mediocridade de um tirano cego, injusto e ditador. Quando eu e tantos outros por esse mundo fora, me depeno todos os meses para pagar, com toda a justiça, o que me é devido!

Até posso entender o financiamento desse buraco feito por incompetentes que nem sequer conheço ou reconheço qualquer inteligência ou autoridade, mas dêem-me ou a alguém com consciência social, sem avareza e competência comprovada, a oportunidade de mostrar como se faz. A oportunidade de mostrar que dividindo o muito (de mais!) que uns têm, por todos os que têm menos ou não têm sequer, podemos ter um sistema muito mais justo e estável e sem crises diárias que sempre pesam nos mesmos. Contribuir? Mais ainda? Com o quê, digam-me?

É anedótico que agora sejam injectados milhões de uma qualquer moeda, a fundo perdido, em instituições ou sistemas que faliram por mera gestão ruinosa e ganância. Chamavam-lhe mercado, leis da concorrência, sistema financeiro, economia dos países. Diziam que a tínhamos que deixar trabalhar, que só os mais fortes sobreviviam e era assim que as coisas tinham que ser. E agora? Querem milhões? Não façam isso, deixem o sistema funcionar...

Só mais um ponto que me suscita... dúvidas; lembraram-se de nós quando tinham lucros astronómicos? Não me lembro de terem vindo apelar à aceitação da maquia dos lucros que me cabia... Nem tão pouco de, não me tendo dito nada, ver o meu saldo a subir monstruosamente.

Este sistema está nitidamente falido. Foi-se. É como ter uma pessoa que só sobrevive ligada à máquina; não o é, não existe, nada podemos fazer para que ela volte a correr, falar, ver, sentir. Resta esperar. Que morra definitivamente e para todo o sempre. Não há velinhas de milhões ou injecções que a salvem. Desliguem a máquina e acabou!

Às vezes... Nem sei se me hei-de importar com ou desligar completamente da realidade. Como tenho tentado fazer. Deixar passar e acordar no “meu” mundo, descobrindo que afinal o que está a ser, não tinha sido. Desligar-me não tem sido fácil. E temo que nunca irá ser assim, nem agora, nem nunca!

E ainda tinha tantas lamúrias e desgraças do quotidiano para aqui deixar... Tantas forças negativas que tenho reprimido cá dentro, prontas a sair violentamente...

Pronto, desabafei!

Estou melhor, mude-se de assunto...

sábado, 4 de outubro de 2008

Eu, citadino inútil

Ao longo da nossa existência muitas inutilidades armazenamos. Quer o móvel que nunca mais se vai usar, mas que insistimos em não deitar fora e mandamos para o fundo do sótão, quer o objecto com pobre valor decorativo, mas que teimamos em deixar sobre o tampo da mesa, com função embelezadora, só porque foi não sei quem que nos ofereceu.

Só reparamos nas inutilidades que temos quando mudamos de casa ou por um motivo de força superior, temos que arrumar algumas coisas. Encontramos as porcarias mais diversas e, algumas delas, se bem nos recordamos ao olhar para elas com espanto, nunca tiveram qualquer préstimo. Mas, por obra do acaso ou do respeito, acabaram por ter sido guardadas como um bem precioso.

Isto sempre aconteceu. Mesmo aos mais pobres, que viviam numa aldeia remota e que, nos parcos bens terrenos, conseguiam sempre ter alguma coisa de inútil.

Hoje ainda mais. Com a massificação dos computadores que mais não são que uma extensão do nosso mundo, não podiam escapar a este efeito. Programas que utilizamos uma vez, permanecem instalados, powerpoints e vídeozinhos de piadas que guardamos porque são engraçados, mas que nunca mais vemos na vida, um link que adicionamos aos favoritos porque em algum momento da vida nos ajudou e, pensamos, nos poderá vir a ser útil no futuro. Acreditem, mais vale pesquisar novamente no Google que iremos encontrá-lo com da primeira vez!

E não só nos nossos computadores pessoais isso se passa. Como falei na pesquisa do Google, quantos resultados iguais encontram, ao pesquisar banalidades? Quantos blogues não são meras cópias uns dos outros ou de notícias veiculadas noutros sites e meios de comunicação social? Se são importantes, indiquem-nos o link, dêem-nos a opinião pessoal, mas escusam de repetir, letra por letra, ponto por ponto, o que outros disseram, escreveram ou mostraram.

Se comprar uma casa maior quando precisamos de mais espaço para as “nossas coisas” nem sempre é possível (monetariamente), já comprar um disco ou outro dispositivo de armazenamento é muito acessível e cómodo. Organizar custa-nos mais. Poder de decisão. Arrependimento, a seguir.

É mais simples e menos violento, adquirir mais um objecto. E que ainda por cima, imaginem só, nos permite ele próprio armazenar outras barbaridades dentro de si.

Maravilha!

Ao menos, um acidente (ou incidente?) no armazenamento informático, "obrigou-me" a limpar algumas coisas, instalar o SO de raíz e a melhorar as possibilidades de guardar umas coisinhas mais nos meus discos, até o próximo desastre. Claro, não apaguei (quase) nada do que aqui tinha. Pode ser importante... Comprei mais um disco. Ah, mas só porque é mais rápido que os outros e numa arquitectura mais recente e fiável, digo eu para mim.

Tretas...