terça-feira, 31 de março de 2009

No país do Felgueira Torres Valentim da Costa Azevedo

Quem é da malta, está bem!

Bem poderia ser o lema deste agrupamento de pessoas que se aglomeram num território, com larga e privilegiada costa marítima, no sudoeste da Europa. Conjunto de pessoas esse que sempre coabitou com o estranho hábito de se enganar mutuamente, com o benefício apenas de alguns, poucos e prejuízo de alguns, muitos. E, nesse jogo de ter e tirar, há os que conseguem subverter as regras do jogo e de culpados passar a exemplos, de bandidos a mártires adorados! Saem à rua e são adorados por bandos de pessoas histéricas e irracionais que ambicionam serem da sua laia, do seu grupo, da sua quadrilha de impunes exemplares e ou de como "se sobe na vida a pulso, com trabalho e dedicação".

Trabalho, sim, dedicação, sem dúvida, mas com muita corrupção; ressalvo, básica e fundamentalmente corrupção! Só assim compreendo que nem os tribunais lhes deitem a mão e que continuem num paredeiro que todos sabem, habitando as mansões que construíram com o que nunca foi deles, na vida imaculada que demonstram nas revistas do social, com páginas repletas de semelhantes igualmente exemplares e imaculados que todos ambicionam, invejam e querem, um dia, ser.

No final da leitura, arrancamos as páginas, forramos o caixote do lixo com elas, deitamos os restos de comer lá dentro e despejamos tudo no contentor. Lá se foi o exemplo! A vida continuará como sempre, amanhã uma nova impressão, um novo caixote, um novo forro, mas os personagens de sempre. Que desinteressante...

terça-feira, 24 de março de 2009

Gatos



Não morro de amores por eles (mas confesso que estou menos céptico, com o passar do tempo), mas a minha 350D gosta e até os consegue apanhar... vá... a modos que bem.

Acho eu...

Tenho aqui mais umas, se as quiserem ver.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Como reproduzir ficheiros FLV, localmente

O pulular de programas que, por alguma razão no tempo, instalamos porque precisamos para executar uma tarefa, irrita-me. Gosto que os programas que tenho, consigam abranger a maior parte das minhas acções com um computador. Por isso ando sempre à procura de aplicações versáteis.

Por isso mesmo, para ver FLV localmente, o formato popularizado pelo Youtube (significa Flash vídeo) e que democratizou o uso de vídeo na Internet, para os visualizar localmente tinha que ter um programa à parte, específico e apenas para aquilo, fazer outros malabarismos que não interessam relatar ou instalar o VLC (Vídeo Lan Client) e, com sorte, conseguir reproduzir algumas versões deste tipo de ficheiro. Que eu saiba existem as versões 1, 2 e 3, mudando com os players de flash que vão sendo lançados pela Adobe.

Como não gosto de monopólios, muito menos os que nos são impingidos (mérito para monopólios como o Google, induzidos, não impingidos!), a primeira opção foi instalar o VLC, como já disse, e remover o Windows Media Player (WMP)... No entanto o VLC também não lidava muito bem com eles; alguns reproduziam, outros não.

Outro problema é que também não aprecio muito instalar e desinstalar programas. Tenho sempre a paranóica sensação de que ficam entradas perdidas e inúteis no registry e ficheiros fantasma no file system a conspurcar as minhas instalações do Windows e a causar a indesejada lentidão que, adivinharam, também me preocupa, abomino e se puder evitar, supimpa.

Assim, imaginem a raridade, irritava-me o WMP não conseguir ver reproduzir os tão populares ficheiros FLV. Parece que alguém se irritou mais cedo, com este facto e criou as ferramentas necessárias para que o WMP passasse a permitir ver os FLV.

Segue um tutorial (para VLC e WMP)...


Instalar o FFDShow

Podem descarregar daqui.



Tenham atenção à configuração do programa e seleccionem a parte Decode the following video formats with ffdshow, seleccionem os formatos FLV1 e VP5/VP6.



Podem seleccionar mais formatos, mas se já os conseguem reproduzir, penso que não vale a pena alterarem esse procedimento.

Não receiem se passaram este passo (eu fi-lo), porque mais tarde podem sempre reconfigurar esta aplicação.

Existem mais umas opções, durante o processo de instalação, que penso serem fáceis de compreender...


Após instalação do FFDShow

Acedam a ffdshow video decoder configuration e na listagem de ficheiros suportados, escolham o FLV1 e, na coluna em que se vê o decoder que irá manipular este tipo de ficheiros, escolham libavcodec (desconheço o que significa).



Depois, acedam a ffdshow video encoder configuration e, mais uma vez naveguem até ao FLV1 e, tal como anteriormente, seleccionem o libavcodec, tal como o formato VP6F.




Para finalizar

Para quem usa o WMP, é ainda necessário descarregar o Gabest Flash Video Splitter para Windows XP/2000/2003, instalá-lo – duplo clique sobre o ficheiro descarregado – e pronto. Para versões mais antigas do Windows, descarreguem daqui


No final de tudo isto, já devem conseguir ver um FLV no WMP.

(veio daqui)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Todo-poderoso, só O que habita lá em cima

O nosso problema, não é (apenas) económico. O nosso problema, não é (só) estrutural. O nosso problema é (também) sociológico, de herança de atitude, de fraca participação cívica.

Não podemos esperar que tudo mude ou melhore com meras conversetas inconsequentes que temos no café, nas (muitas) pausas que fazemos no trabalho ou em vãos de escada. Todas elas com o mesmo assunto, objectivo, direcção: relatar interminavelmente o que nos apoquenta e que apontamos como inaceitável e origem de todos os males, nosso em primeiro, dos outros, de seguida, porque não queremos passar por invejosos na partilha da desgraça.

O dar à língua dominante no país, visto está, que não resolve nada! Não dá de comer a quem tem fome ou resolve os problemas de quem os tem (ou melhor, quem os não tem?). Contribui apenas para o avolumar da insatisfação reinante e do sentimento de nada poder fazer para mudar o que quer que seja, desde a simples pedra que apareceu na nossa entrada e que como não fomos nós que a ali deixamos, também não a iremos tirar de lá; quem quiser que a tire, até ao patamar de querer correr com o governo, esses corruptos, bandidos do pior; a culpa está em quem votou neles.

Gostamos todos que as coisas apareçam feitas e, se possível, possamos todos beneficiar com o trabalho que alguém teve e que nós, dizemos depois, sempre apoiamos desde o início. Se correr mal, diremos, eu sempre disse que ia ser assim, iam fazer e acontecer e o belzebu a quatro. É de facto mais confortável. Temos sempre a porta dos fundos, a desculpa, a mudança de discurso como alternativa para ficarmos do lado dos vencedores.

Sem dúvida que é mais fácil omitir do que discordar. O consenso gerado e as simpatias, muitas vezes promotoras, que angariamos, podem facilmente fazer mais por nós do que as nossas ideias ou valores contraditórios que, não querendo impingir a ninguém – via o pensamento livre – , gostamos de partilhar. A partilha pode ser confundida com impertinência ou imposição ou intromissão, mesmo desrespeito, e daí às consequências negativas, é um passito de bebé cambaleante que cai a cada dois que dá.

Uma coisa é certa: pensar e partilhar, conversando, escrevendo, etc. é saudável. Aprender, perceber, ver e voltar a pensar, reformulado ou não, é importante.

As argumentações todas, dos maus governos, dos políticos tiranos, dos patrões, da organização da sociedade, das pressões, dos ricos opressores, etc. Que tudo isto, não o dizia eu só, mas que era o sentimento geral. Todos se queixam do mesmo. Etc. Etc. Tudo isto, dizia, foi facilmente desmontado por alguém mais velho, quiçá (obviamente!) mais sábio que simplesmente me disse:

Sabes Pedro, obviamente que para mim e para ti isso é verdade. Os nossos valores são de facto diferentes dos que actualmente imperam. Mas vivemos numa democracia, aliás a democracia impera no mundo e se isso assim é, esta situação actual em que estamos, é a escolha da maioria. Se nós achamos isto tudo errado mas a maioria pensa que assim é que está bem e mostra isso com o seu voto, com a sua inoperância cívica, se calhar somos nós que estamos mal e somos nós que temos que repensar a nossa atitude futura e não "eles".

Ainda tentei argumentar. Do outro lado sempre um sorriso benevolente, um olhar que me admirava, pela irreverência e vontade, mas que me respondia num silêncio conformado; sabes, também já fui e pensei assim...