quinta-feira, 1 de abril de 2010

Credibilidade dos políticos, credibilidade de todos nós



"Caso dos submarinos: As suspeitas que chegam da Alemanha afectam a credibilidade dos políticos?", pergunta-nos a antena aberta da RTP N.

É alguma piada? Mas qual credibilidade?

Só neste caso recente dos submarinos, muito bem, o governo afastou o cônsul português alvo de suspeitas. Mas... porquê este "pobre coitado"? Porquê só este? Porque não o sócrates? Porque não a fátima felgueiras, o isaltino, o major, o avelino? Relembro que alguns deles até têm processos a decorrer e continuam em exercício... Ou não?

Fujamos dos políticos que não são gente séria, porque não os administradores da Portugal Telecom (PT)? Porque é que só está dentro um mero sucateiro e não o vara, ex-político, actual administrador do Millennium bcp?

Porque fomos todos nós contribuintes obrigados a participar na nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN), parte do grupo SLN, das poucas partes que dava prejuízos? Porque não ficamos com o grupo todo? E porque é que depois de pagarmos as dívidas, o governo quer vender o banco? E porque é que o dias loureiro e outros, continua à solta, de costa direita, de fato e gravata?

Alguém me consegue explicar o porquê de existirem SEMPRE dois pesos e duas medidas?

Se o governo queria mostrar, no caso dos submarinos, que combate a corrupção, esteve mal! Como podem mostrar isso, insuflados com seriedade imaculadamente súbita, se dentro do próprio governo existem inúmeras suspeitas de corrupção, favorecimentos, gestões danosas? Aliás, o próprio chefe do governo está mais que metido até às orelhas em suspeitas e rumores de alguns deles e mantém-se lá, como diz o sábio povo desunido e ansioso por lá conseguir chegar e poder fazer o mesmo, no poleiro, de pedra e cal!

Ao menos, colocava o lugar à disposição do sr. presidente da república (olha quem) que nada iria fazer, mas essa sim, era uma atitude de quem nada teme e de seriedade!

É dia 1 de Abril, mas temo que infelizmente tudo isto não sejam apenas as mentiras da praxe, até porque, já dura há longos anos... Há muito mais do que os quase 36 anos de podre democracia. Mudou-se o regime, mudaram-se os artistas. Chamaram-se mais uns. O circo mantém-se, mas está a ficar pequeno para tantos.

Os espectadores continuam inertes: nem palmas, nem tomates podres.

E o circo continua...

PS - todos estes nomes e designações em pequenino não foi erro