quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Comando na mão... Falta a configuração.

Gosto de fazer coisas com as mãos. Bricolage, com se diz hoje...

Custa-me deitar as coisas fora, desfazer-me delas. Mesmo as que estão, à partida, irremediavelmente perdidas. Mesmo essas, gosto de desmontar e descobrir como são feitas, como funcionam, o porquê de estarem avariadas. Nem sempre consigo, claro. Outras, não só percebo, como sempre consigo dar um jeitinho e recuperar o que iria para o lixo. O desperdício consumista dos dias de hoje é uma das facetas da nossa sociedade que mais me aflige. O deitar fora porque não dá para reparar ou não vale a pena (um novo custa tão pouco), nunca me assentou em cima!

Mas este assunto, toda esta introdução, fica para uma outra etapa. A ser bem sucedido a recuperação / arranjo que tenho em mãos. Mas já posso mostrar qualquer coisa, obra feita neste campo. Vejam aqui, por exemplo.

No outro dia, no Vespa Clube de Lisboa, avariou-se o comando da televisão. Raios! Apesar de já lá existir um daqueles comandos universais (não sei porquê ou de onde veio), ninguém sabia como sintonizar aquilo com a televisão. Nem eu.

Como na Internet, hoje em dia, se encontra quase tudo, vim pesquisar. Mas não encontrei nada... Provavelmente fui eu que não pesquisei pelos termos correctos. Duvido que alguém, no mundo inteiro, não tenha tido um problema semelhante e ter escrito algures num blog, a sua “odisseia” de tentar, como eu, descobrir como funciona aquilo na ausência das instruções que, na origem, o devem ter acompanhado.

Meti mãos à obra. Carrego aqui e ali, espero um pouco, o led pisca, aponto para a televisão, Nada ainda. Agora carrego neste dois ao mesmo tempo... Ao fim de algumas tentativas e combinações de teclas mais ou menos absurdas lá consigo algum resultado! Nada como experimentar! E lá consigo sintonizar o comando, em mais do que uma televisão, mudar de canais, desligar, etc.

Fica um breve “faça você mesmo”, com fotos.

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Este é o comando universal. Há uns melhores, com mais teclas e funcções, mas este era o que já tinhamos disponível. Não aproveitar, porquê? (ver maior)

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Para sintonizar o comando, carreguem, no caso de ser televisão, como foi o que me aconteceu, na tecla TV e, sem levantar o dedo desta tecla, na tecla SET. Aparentemente este comando também serve para sintonizadores de satélite, mas não experimentei... (ver maior)

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Assim que o led começar a piscar, podem deixar de carregar nos botões. Apontem o comando para a televisão (se calhar já o deveriam ter mais ou menos direccionado, no passa anterior). Coloquem um dedo sobre a tecla POW. Assim que a televisão entrar em stand by, carreguem no botão POW, sem largar, até que o led deixe de piscar. (ver maior)

Teoricamente, está feito!

Experimentem ligar a televisão, mudar de canais, através do comando etc. Funciona? Agora não se deixem apodrecer em frente à televisão, porque já têm comando. Não serei ou aceitarei ser, responsável por isso! :-)

Julgo que a sintonização deste comando para satélite, deve ser mais ou menos a mesma coisa. Não sei se porá o sintonizador em stand by ou terá outro comportamento, mas com base neste procedimento e na vossa observação e dedução, conseguirão fazer o resto.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

E disse eu...

Eu gosto do que eu faço, não gosto é do sítio onde faço aquilo que gosto!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Essência vs aparência

Nem sei bem por onde começar ou sequer o que escrever, se devo ou não fazê-lo. Mesmo.

Nos últimos tempos, tenho estado ausente. Mas literalmente ausente de tudo o que disse respeito à sociedade, nos espaços, vazios, e proximidades, sobrepostas, que os ponteiros dos relógios, têm teimado em executar.

Não sabia do assalto ao BES, já depois deste ter acontecido. Adorei a cara da Sra. da estação de serviço quando ao meter conversa comigo me falou do assalto. Qual assalto, perguntei? Ficou siderada a olhar para mim, incrédula em como poderia existir uma alminha que não soubesse o que se tinha passado. Pelo menos uma, sim, estava ali defronte dela. E como me estava a sentir bem.

O reboliço gerado por toda a carga negativa das notícias alarmistas e deprimentes que se escutam na Televisão e rádios é impressionante. O efeito sobre nós, é ainda mais assustador. Longe disso, ficamos outros seres, mais despertos para tudo o que de bom existe no mundo, da beleza que nos rodeia, dos sentimentos puros e essenciais, básicos para uma existência equilibrada, equilibradora e equilibrista. Tudo ao contrário do que sucede normalmente, quando estamos misturados com a multidão citadina, bombardeada por barbaridades e sensacionalismos. Acreditem!

É também maravilhoso perceber como as partilhas de novas realidades, o beber de novos conhecimentos e o contacto com outras pessoas nos faz revigorar e perceber pormenores, pequenos, sim, singelos mesmo, mas que são importantes. Quem sabe, os mais importantes...

E é assim que com uma semana apenas de férias se consegue mudar drasticamente de moral e de sensação, paz e luz interior.

Aqui na cidade afloram a breves trechos temporais, mas a rotina esmaga-os sem qualquer dó ou piedade, relegando-os para um plano que não conseguimos observar na pressa com que passamos ou nos damos nos locais habituais que julgamos conhecer. O hábito faz-se assim, em locais que julgamos confortáveis, conhecidos, reactivos. Que engano!

A essência está sempre ao nosso alcance. Sempre! Mas no meio de tudo o resto, é só mais uma, uma escolha, um engano, uma alternativa. No meio de tanta outra coisa, não se impõe, dá-se a escolher, a ser observada, a deixa-se saborear.

Bato quase sempre no mesmo ceguinho. É certo...

Agora voltei, mas só de passagem. Estou quase e novamente "livre"...