terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Às compras, com mulheres, em centros comerciais?

É daquelas secas, heim? Ver as lojas todas e mais algumas (as que estão por vir, também e as que já fecharam), observar o conteúdo das mesmas "à lupa", revolver trapos e bugigangas à procura não sabemos bem do quê... Interessante não é?

Felizmente já alguém, homem por certo, pensou neste ponto e colocou umas poltronas, aqui e acoli, espalhadas ao acaso, quiçá. Não é pouco usual ouvir-se um "Vai, vai que eu fico aqui!", seguido de uma flexão de pernas e um apoiar do vocês sabem o quê, nessas poltronas.

Confesso (esperarei, obviamente, pelas represálias femininas com a coragem e bravura de um Afonso Henriques) que esta ideia foi das melhores que alguém já conseguiu ter! Não, não, não estou a dizer que é uma seca ir às compras com mulheres (literalmente não!), não, não, longe de mim. As generalizações são sempre perigosas, também por isto mesmo e não só...

Mas ficar para ali abandonado, perdido e sem grande coisa para fazer, também não é das melhores maneiras de passar o tempo. Poderia escrever em letras pequeninas e de cor branca, para que se visse melhor, que sempre vejo o mulherio saudável a desfilar diante de mim, digo, da poltrona e como eu estou sentado nela... Limitações do ser humano, o ter que obrigatoriamente olhar para o que se lhe atravessa à frente... Mas eu não sou assim. Aguento firme e com o olhar na imensidão vaga e inexpressiva dos corredores cheio de... epá, afinal estão vazios, queres lá ver!?!

Recentemente, maravilha das tecnologias, descobri que os telemóveis também podem ter wireless. Imaginem só. Descobrir as redes disponíveis e desprotegidas para navegar à borla! Muito melhor, digo eu que sou mentiroso, do que ser obrigado a olhar para gajas bo... aaaahhhhhhhhhh... os corredores vazios. Acreditem que é impressionante as redes que se encontram assim disponíveis e acessíveis a todos!

Por isso, caros comparsas que levam secas nos centros comerciais: se tiverem um dispositivo com funcionalidades wireless, telemóvel, computador portátil, torradeira, levem-no com vocês, pois assim divertem-se muito mais (NOT) a descobrir e a tentar utilizar as redes disponíveis. Ver ga..... corredores vazios é uma seca!

Ah e tenham atenção:

«Never trust a hippie» by Pedro Estevão, on Flickr

A foto é desapropriada à quadra que estamos a viver? Êh, este texto também não foi dos melhores e no entanto... :)

Votos de um Feliz Natal!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Fotografia digital vs analógica

Confesso que só comecei a sentir o prazer da fotografia com a compra da Canon G2, lá por volta de 2001. Custou-me, comparem com os preços de hoje, 1034€! Mas justiça seja feita: nestes anos todos, apenas teve uma avaria que foi reparada e continua a tirar fotos impecáveis. Passou a G2 para segundo plano, com a chegada da Canon 350D. Mais capacidade para experimentar novas coisas, entre elas o digiscoping. O percurso lógico seria continuar fiel ao digital por tudo: facilidade, comodidade, preço, qualidade (crescente), facilidade de edição e (re)composição, etc, etc.


Yashica Electro 35 GSN
Por vários factores acabei por regressar ao analógico. Poderá ter sido (foi!) por influencia de um amigo que só tem "velharias analógicas" ou por ter redescoberto a Yashica Electro 35 GSN, perdida num armário, que desde sempre me lembro existir lá em casa ou, ou...

Certo, certo é que acabei por mandar reparar a Yashica que com os anos e o pouco uso, se ressentiu: acabou por deixar de se consewguir perceber quando é que os motivos estavam focados. Um misto de nostalgia, dos velhos tempos em que todos os retratos cá de casa saíam desta máquina, um pouco por "descargo de consciência" ou pela vontade induzida de voltar ao analógico...

Veio, tão limpinha e reluzente que não a reconhecia. Voltou porque não estava a 100%. Regressou com a desculpa de já ser velha, desgastada, com algumas folgas irrecuperáveis e não dar muito mais margem para reparação e ou afinação.

Fui queimar um rolo para experimentar...

Acabei por dar razão a quem me dizia que o analógico tem uma aura que o digital não tem. O encanto da fotografia, que a pré-visualização imediata do digital tirava, estava no analógico. O suspense de ver o resultado final. As técnicas bem mais importantes para se conseguir uma boa foto; os enquadramentos, as profundidades de campo, as velocidades de obturação. O sentir do peso e importância sombra / luz, contraste, nitidez. Por aí...

É sempre difícil explicar os sentimentos e este não é a excepção mas a regra!

Claro que não me posso esquecer que muito do que possa saber hoje de fotografia, foi conseguido graças à facilidade e acessibilidade do digital. Nunca me lembro de ter dado importância a pormenores que hoje o sei e assumo serem, porque os experimentei, ano após ano, foto após foto, na G2 e na 350D posteriormente. Pesquisar técnicas e opiniões, experimentar o que lia e ouvia, comparar resultados, formar opiniões e solidificar gostos.

Tudo isto permite-me hoje saborear o analógico muito mais intensamente.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

20 minutinhos apenas

Para mostrar que não gosto assim tanto de americanos.

Ergo as minhas mãos porque vejo mudanças no seio da sociedade bronca e desleal que construíram e impingiram ao resto do mundo, como ideal.

Vale a pena ver, digo eu...

http://www.storyofstuff.com/

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A Manela e a ditadura

Por cá preocupamo-nos com o que uma líder da oposição diz num seu discurso. Mas não com a afirmação no contexto em que ela a quis dizer. Isolamos, dissecamos, esmiuçamos e só depois interpretamos. Fora do contexto, livremente e do modo que nos favoreça mais, óbvio. Depois, claro, fazemos disto um caso nacional e durante uns tempos, não se fala ou vê outra coisa. Típico...

Nem está em causa se a Sra. tem ou não razão, só apenas que o disse e, valha-me Deus, não podemos dizer nada que "ofenda" os meninos da Democracia!

Os americanos têm "outra pinta", nalgumas coisas. Nem gosto muito deles. Confesso que os acho uns broncos, convencidos de que são os donos do mundo e mais alguma adjectivação por aí. Mas tenho que admitir que têm outra cultura e outra vivência da cidadania que nós ainda não alcançámos. Talvez lá cheguemos.

Sobre as eleições lá no país deles

O "requinte" com que sabem criticar deixa aqui os nossos meninos da Democracia roídos de inveja e a olhar para cima, aparvalhados, para o vêem e ouvem de lá.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Os três patinhos: um feio, outro bonito e outro que não sei qualificar

Não sei porquê e acordo de manhã com esta dos três patinhos: um feio, outro bonito e outro que não sei qualificar, na cabeça. Está a ficar preocupante! Não sei se será da falta de luz do sol, sol só, e de tempo para a aproveitar se é mesmo a falta de outra coisa qualquer que não quantifico no meu actual juízo.

Saio, como sempre, glorioso em cima da minha Vespa, mais um dia pela frente a porra dos patos, já os ouço e tudo, continuam comigo, rasando os carros na ponte, apitando ao taxista que se julga dono da estrada e da vontade dos outros e, acho, repararam também no decote pronunciado da miúda gira que guia o seu BM de vidros fechados, presumo, com o AC ligado para nos proporcionar tanto esplendor logo pela manhã, sem presságio do frio que sinto cá fora. Tenho que me livrar disto, penso, mas como?

Nada como trabalhar, receber telefonemas, fingir-me de muito ocupado. Sim, sou só ocupado. Por momentos ou umas horas, não o sei bem, perco os patos. Bolas, a memória dos patos da Gulbenkian e das alusões que lhes fazemos tantas vezes, está a produzir os seus efeitos. Dizias-me que no horóscopo de hoje estava um dia calmo para os nativos do meu signo. E que o sonho que tive, sem patos (de onde raio terão vindo?), prenunciava sorte e reconhecimento, quiçá roçando a riqueza monetária que não ambiciono. Tudo num só dia? Já estou cansado. Eis que voltam os patos!

Dou por mim numa reunião, teria já almoçado e, pelo peso que sentia no baixo-ventre, teria sido bom. Recordo-me agora dos cogumelos com arroz e posta que enfardei alarvemente, do meu tupperware requentado no micro-ondas da empresa. Corrijo, no micro-ondas que nós compramos e que a empresa amavelmente nos deixa alojar nas suas instalações; obrigado patrãozinho (ou será patrõezinhos?), sempre poupamos uns patacos aqui que nos dás ao fim do mês.

Mas dizia, dou por mim numa reunião. Momento mais conceptual do que produtivo e acabo por me afastar inevitavelmente do assunto aborrecido e sem interesse, naquele momento. Talvez de imaginar que quando dali sair me espera o céu negro e uma cidade atarefada a regressar a casa ou dos bocejos que imito envergonhadamente, pelo cansaço de um fim-de-semana curto para tudo o que se quer fazer. Sei lá, que escolham a causa ou as duas! Os patos, neste sabe não sabe, velhacos, voltaram. Bolas! Bocejo é de tédio que à laia de tanto ter que pensar, só me ocorrem aves que grasnam. Nem contam, sempre me poderiam alegrar os longos momentos entediantes em que se me grudam aos pensamentos. Grasnam apenas. Não me alegram muito, por isso.

Livro-me enfim dos patos. Não sei como o fiz. Sei, agora, que até aqui os tinha esquecido algures no meu dia-a-dia. Cruzei-me com pessoas que olhavam para mim, perdidas no escuro que as envolvia, nos envolvia, apenas cortado pelos faróis dos automóveis e das luzes tricolores dos semáforos, ora passamos nós, os de quatro rodas, oram passam vocês os bípedes.

Gosto de pensar no que ocorre às pessoas ao caminharem, para mim, sem sentido, para elas por certo com destino, um meio e um final de caminho. E nos mais variados destinos. É um assunto recorrente, mas sempre me ocorre. E sempre acompanhado com o ditado, quem vê caras, não vê corações. Estenderia a vidas, preocupações, assuntos, desgraças, desencontros... sei lá. Passam por nós e partilhamos a breve existência de uma brisa que se cruza e trocamos, sem saber. De um desejo ingénuo que por vezes nos surge, de conhecer com quem nos cruzamos e sabermos o que o/a apoquenta ou o faz feliz. Mas há sempre algo que nos empurra e obriga a continuar, ignorando o desejo e o outro que passou por nós, sem sabermos sequer se pensa ou caminha vazio e tranquilo com a sua existência solitária. Acontece-me muito.

Olha, esqueci os patos todos. O feio, o belo e o outro que não sabia qualificar e continuo sem saber fazê-lo. Se um é feio e o outro é belo, são apostos. Lógica teria que, para não proporcionar tamanho decalage (gosto muito deste “palavrão”), o outro ficasse no meio e assim, fosse, nem feio nem bonito. Seria... assim-assim... Mas porque é que não pode ser bonito? E assim ficariam dois bonitos e um feio. Aumentaria o fosse... Temos sempre a mania de qualificar estaticamente as coisas. Estanque. E feio? Dois feios e um bonito?

É um bocado indiferente o que me parecem os patos. As pessoas também. Mas teimo sempre em tipificar as coisas. Todas têm que estar nos mesmos estanques subjectivos de qualificação que imponho. Eu é que! Eu é que sou!

De repente apanho um estaladão. Forte, diria viril, não fosse saber bem de onde não vem. Fico atarantado, sem saber se levei na face esquerda, na direita ou sequer se isso é importante saber. Desperto do torpor intelectual que estava com estas divagações. Perdi tudo. Insisto em perder, mesmo quando consigo amealhar alguma coisa. E, no meio desta dor, física, psicológica, sentida e infligida, ouço dizerem: estúpido, porque é que não olhas para mim? À minha frente ninguém... Olho ao redor... E estou sozinho!

De mim para mim mesmo, pergunto-me de onde raio saíram eles, os patos, logo de manhã? Onde me abandonaram eles, agora, com a mesma facilidade que se apoderaram de mim, pela manhã? Afinal, tenho uma mão marcada na face. Vermelha, vermelha.

Alguém foi!

sábado, 1 de novembro de 2008

Superego (o meu)

É estranho como já passaram oito anos.

Lembro-me tão bem...

Lembro-me que estava a chover. Esteve sempre a chover. Como se não só nós os mortais, como tu, te estivéssemos a dizer o Adeus, mas toda a terra. Pelo menos aquela que sorriu quando te viu pela primeira vez e que chorou, como eu, como nós, quando soube que nunca mais te veria.

Fazes-me falta, sabes? É quase um lugar comum, uma frase banal, um gesto que fica bem ser feito, mas é sentido. Sabes que é sentido. Faz-me falta ver-te, ouvir-te e saber que era amado tão incondicionalmente como sei que nunca mais o serei. Não, não me importo que assim seja. Importo-me sim que cá não estejas. Junto a mim, junto a nós. Mesmo que esse amor não fosse o mesmo e tivesse já esmorecido, queria-te aqui. Lá. Mesmo longe, tu de mim e eu de ti, sentia-me reconfortado, apoiado, querido, desejado. E tanto mais. Sim, eu sei que nunca esmoreceria, esse amor, mas custa-me menos pensar assim. Acho.

É duro sobreviver a, e viver coisas que sei que irias adorar partilhar comigo. Custa-me, saber que te encherias de orgulho. Muito mais que eu. E que não estejas cá para as passares comigo. Para tas contar. Explicar o que senti. E perceberes-me. Saberes do que estava a falar, eu de peito cheio, tu de alma serena, com a sensação, eu, de que era o primeiro ser humano a quem aquilo acontecia e, tu, sorrires. Benevolente. Afinal já tinhas passado por aquilo e muito mais, compreenderias bem o que te diria. Mas nunca me estragarias o momento glorioso e só meu. Sem rancor, nem desdém, nem mágoa por estar longe e ter tido a pertinência de o passar, só eu, longe, deixarias-me brilhar. E alegrar-te-ias com isso.

Lembro-me de sentir o vazio de estar na casa que tinha sido tua e ver os espaços vazios que tinhas deixado. Os significados que as coisas deixaram de ter, o sentido que os recantos escondiam e perderam, os destinos que os caminhos, sem ti, perderam. Custou tanto, sabes? Custou tanto imaginar-te ali, tantos e tantos anos, palmilhar contigo os caminhos e aprender os segredos, os ninhos, os pássaros, os nomes das ervas que destruía com a fúria de criança, por serem daninhas. Tudo tinha sentido. Se existia, é porque fazia falta. Então porque te foste? Fazes-me falta a mim!

Vê na pessoa que me tornei. Sentes orgulho? Gostava muito de o saber. Gostava ainda mais que sim. Olha para tudo o que eu já passei. Quando te foste era ainda um jovem cheio de sonhos e ideais, de ideologias puras e vontade de mudar o mundo. Agora sou um recém adulto, já com algumas mágoas e outros tantos dissabores, com menos ideais e mais conformismos e alguns radicalismos. Tenho já uma mão cheia de momentos maravilhosos, outra mão de outros dolorosos como nunca pensei passar, mas assim nos fazemos. Acho eu. É assim, não é?

Quem diria que já passaram oito anos. Oito! Como me lembro bem de tudo, tão bem, tão clara e nitidamente. Dos silêncios. Foi o que me custou mais, os silêncios. A ausência. O vazio. Como me enchias a alma, como me sabias e preenchias. E de repente, tudo desapareceu. Ficou só, o nada!

Fez hoje oito anos que a mesma terra que te gerou, te levou. Que desapareceste no escuro de um caixão, abandonado debaixo das pás de terra que te deitavam por cima. Tudo isso não foi suficiente para te levarem de mim. Nem naquele dia, nem nunca! Sempre senti por ti a mesma admiração de criança que nada compreende, mas tudo ama e tudo admira como facto incompreensível, mas fascinante. Fascinavas-me, sim. O teu espírito, o teu amor, a tua sintonia com a natureza. Paz. Diria, paz com a vida. Mas não te foste em paz, senti isso. Talvez por quereres ficar junto a mim? Talvez por não quereres abandonar tudo aquilo que amavas e te sentias amado. Lamento. Muito. Profundamente. Eu gostaria que ainda cá estivesses. Se chega...

Por tudo aquilo que sempre esperaste de mim, que sonhaste para mim, acompanha-me. Olha por mim. Sei que não sou o melhor dos seres, mas sou o teu neto, o único, sou assim e sei que me amavas quando cá estavas, ama-me agora também. Eu preciso. Tem orgulho em mim, está bem? Eu preciso que tenhas.

Já passaram oito anos mas eu continuo no mesmo dia chuvoso, triste e pesado. Não quero acreditar que já não estás comigo. Não quero mesmo! Não posso. Não consigo. Tenho tanto que te contar...

Olha por mim. Olha para mim.

Eu conto-te tudo, depois. Um dia.

Vais ver que não me esquecerei de nada!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

NOTA

Detesto este horário de Inverno!

Não sei porque é que se insiste em "obrigar" a esta hora, porque é a todos os níveis, deprimente.

domingo, 12 de outubro de 2008

Pôr-do-sol



É um motivo banal, em termos meramente fotográficos.

Normalmente nem é preciso pensar muito ou tentar enquadramentos difíceis ou avançados, para se conseguir uma boa foto. Tecnicamente, digamos, é um motivo (bastante) pobre, fácil de se conseguir e, por isso mesmo, com bons resultados finais possíveis, mesmo para quem "olha e dispara", sem perder tempo a perceber, a sentir e a envolver-se no tema fotografado, (nunca pensei a vir a dizer isto) habituado ao facilitismo das máquinas digitais e da pré-visualização imediata.

Mas é um motivo que continua a exercer um fascínio completo e poderoso sobre a mente humana, inspirada por tal maravilhosa visão, seja ao vivo, seja em imagens reproduzidas, analógicas, digitais, impressas ou não. Sem saber o porquê, sem perceber o como.

E o que é facto é que têm estado uns pores de sol maravilhosamente fantásticos, neste início de Outono, em que teima não chover (muito). Hoje será talvez a primeira excepção...

Ao final da tarde, em plena Ponte 25 de Abril, montado na minha Vespa, raros são os dias em que não desvio o olhar da fila de carros que circula à minha frente, para ver, à direita, um magnífico pôr-do-sol.

Este foi registado na Fonte da Telha, depois de uma longa caminhada pelo areal.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Pode ser que seja (apenas) do (mau) tempo...

Bem me tenho contorcido, retorcido, comprimido, inibido e mais coisas em ido ou não mas que evitam uma acção, de escrever aqui sobre a actualidade, crises económicas e porcarias do género. É um facto. Lendo os meus mais recentes escritos, não lêem cá nada disto, mas... Outro facto, enche-se, enche-se até que tem que vir por fora!

É quase ridícula a desfaçatez e superioridade com que manipulam a nossa vida! Não há maneira de descrever melhor, acho eu. É inadmissível que, apesar de todas as mentiras, de todas as injustiças de todas as manipulações falhadas que sempre se descobrem quando se chateiam as comadres, continuemos a deixar que nos façam de tolos e que, com papas e bolos, nos levem. É.

É digno de artista de circo com nariz batatudo e vermelho que nos queiram fazer entender que temos que patrocinar os prejuízos dos bancos e outras entidades financeiras, quando os gestores que as arruinaram, levaram na mesma os seus chorudos prémios de desempenho e produtividade, no bolso. Apenas e só para derreter em futilidades, porque ponho em causa que a partir de certo ponto, se precise de tanto dinheiro para sobreviver com a dignidade de um ser humano que não a mediocridade de um tirano cego, injusto e ditador. Quando eu e tantos outros por esse mundo fora, me depeno todos os meses para pagar, com toda a justiça, o que me é devido!

Até posso entender o financiamento desse buraco feito por incompetentes que nem sequer conheço ou reconheço qualquer inteligência ou autoridade, mas dêem-me ou a alguém com consciência social, sem avareza e competência comprovada, a oportunidade de mostrar como se faz. A oportunidade de mostrar que dividindo o muito (de mais!) que uns têm, por todos os que têm menos ou não têm sequer, podemos ter um sistema muito mais justo e estável e sem crises diárias que sempre pesam nos mesmos. Contribuir? Mais ainda? Com o quê, digam-me?

É anedótico que agora sejam injectados milhões de uma qualquer moeda, a fundo perdido, em instituições ou sistemas que faliram por mera gestão ruinosa e ganância. Chamavam-lhe mercado, leis da concorrência, sistema financeiro, economia dos países. Diziam que a tínhamos que deixar trabalhar, que só os mais fortes sobreviviam e era assim que as coisas tinham que ser. E agora? Querem milhões? Não façam isso, deixem o sistema funcionar...

Só mais um ponto que me suscita... dúvidas; lembraram-se de nós quando tinham lucros astronómicos? Não me lembro de terem vindo apelar à aceitação da maquia dos lucros que me cabia... Nem tão pouco de, não me tendo dito nada, ver o meu saldo a subir monstruosamente.

Este sistema está nitidamente falido. Foi-se. É como ter uma pessoa que só sobrevive ligada à máquina; não o é, não existe, nada podemos fazer para que ela volte a correr, falar, ver, sentir. Resta esperar. Que morra definitivamente e para todo o sempre. Não há velinhas de milhões ou injecções que a salvem. Desliguem a máquina e acabou!

Às vezes... Nem sei se me hei-de importar com ou desligar completamente da realidade. Como tenho tentado fazer. Deixar passar e acordar no “meu” mundo, descobrindo que afinal o que está a ser, não tinha sido. Desligar-me não tem sido fácil. E temo que nunca irá ser assim, nem agora, nem nunca!

E ainda tinha tantas lamúrias e desgraças do quotidiano para aqui deixar... Tantas forças negativas que tenho reprimido cá dentro, prontas a sair violentamente...

Pronto, desabafei!

Estou melhor, mude-se de assunto...

sábado, 4 de outubro de 2008

Eu, citadino inútil

Ao longo da nossa existência muitas inutilidades armazenamos. Quer o móvel que nunca mais se vai usar, mas que insistimos em não deitar fora e mandamos para o fundo do sótão, quer o objecto com pobre valor decorativo, mas que teimamos em deixar sobre o tampo da mesa, com função embelezadora, só porque foi não sei quem que nos ofereceu.

Só reparamos nas inutilidades que temos quando mudamos de casa ou por um motivo de força superior, temos que arrumar algumas coisas. Encontramos as porcarias mais diversas e, algumas delas, se bem nos recordamos ao olhar para elas com espanto, nunca tiveram qualquer préstimo. Mas, por obra do acaso ou do respeito, acabaram por ter sido guardadas como um bem precioso.

Isto sempre aconteceu. Mesmo aos mais pobres, que viviam numa aldeia remota e que, nos parcos bens terrenos, conseguiam sempre ter alguma coisa de inútil.

Hoje ainda mais. Com a massificação dos computadores que mais não são que uma extensão do nosso mundo, não podiam escapar a este efeito. Programas que utilizamos uma vez, permanecem instalados, powerpoints e vídeozinhos de piadas que guardamos porque são engraçados, mas que nunca mais vemos na vida, um link que adicionamos aos favoritos porque em algum momento da vida nos ajudou e, pensamos, nos poderá vir a ser útil no futuro. Acreditem, mais vale pesquisar novamente no Google que iremos encontrá-lo com da primeira vez!

E não só nos nossos computadores pessoais isso se passa. Como falei na pesquisa do Google, quantos resultados iguais encontram, ao pesquisar banalidades? Quantos blogues não são meras cópias uns dos outros ou de notícias veiculadas noutros sites e meios de comunicação social? Se são importantes, indiquem-nos o link, dêem-nos a opinião pessoal, mas escusam de repetir, letra por letra, ponto por ponto, o que outros disseram, escreveram ou mostraram.

Se comprar uma casa maior quando precisamos de mais espaço para as “nossas coisas” nem sempre é possível (monetariamente), já comprar um disco ou outro dispositivo de armazenamento é muito acessível e cómodo. Organizar custa-nos mais. Poder de decisão. Arrependimento, a seguir.

É mais simples e menos violento, adquirir mais um objecto. E que ainda por cima, imaginem só, nos permite ele próprio armazenar outras barbaridades dentro de si.

Maravilha!

Ao menos, um acidente (ou incidente?) no armazenamento informático, "obrigou-me" a limpar algumas coisas, instalar o SO de raíz e a melhorar as possibilidades de guardar umas coisinhas mais nos meus discos, até o próximo desastre. Claro, não apaguei (quase) nada do que aqui tinha. Pode ser importante... Comprei mais um disco. Ah, mas só porque é mais rápido que os outros e numa arquitectura mais recente e fiável, digo eu para mim.

Tretas...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A rede e os seus tentáculos

Pouco mais tenho feito que trabalhar. Infelizmente, pouco tempo me resta livre que não o que utilizo para dormir.

Digno de registo, nesta epopeia empreendedora, mais um passatempo, desta vez para o Correio da Manhã: http://hiphoppobrezastop.correiomanha.xl.pt. Antes deste, outro para a Flash!: http://festivalmaresvivas.flash.xl.pt... O resto são tarefas rotineiras, com algumas descobertas que podem interessar a alguém e que por isso vou partilhar.

Uma site com uns tutoriais e aplicações interessantes para quem trabalha com o Apache em Windows. Eu trabalho, como servidor “doméstico” de desenvolvimento e testes. Confesso que ainda não experimentei nada do que aqui encontrei, a tal falta de tempo ainda não mo permitiu e, sinceramente, mesmo que tivesse permitido, primeiro tenho umas quantas coisas mais interessantes para fazer, antes de me agarrar, outra vez, a um PC, no final do dia. Mas fica o endereço: http://www.apachelounge.com/.

Voltas e mais voltas, umas pesquisas sobre funcionalidades e resolução de problemas e dei de caras com este outro site: http://nginx.net/. Parece igualmente interessante para quem procura alternativas aos softwares (mesmo os GPL), mais implementados no mercado. Encontrei quando procurava dicas sobre balanceamento de tráfego em infra-estruturas de blogues e outras.

Ao que parece esta aplicação servidor web faz também um excelente trabalho ao nível do balanceamento, atingindo benchmarks tão interessantes como outras soluções de hardware dedicadas presentes no mercado. Também funciona como proxy, mesmo para ligações POP, SMTP e ou IMAP, permitindo integrações interessantes entre protocolos usados para diferentes fins. Tal como o lighttpd (http://www.lighttpd.net/), outro servidor web, GPL, suporta streaming de FLV nativo.

E pouco mais se passa de “anormal”. A rotina apodera-se no restante tempo. Sinto-me mal por assim ser e por olhar para trás e ver que os passos que gastei são de trabalho e nada mais. Vejo alguns amigos a libertarem-se dessa prisão e eu cada vez mais enclausurado nela. Também quero liberdade!

E neste momento é só!

Sinto-me e estou tão desinteressante quanto aquilo que aqui escrevi o possa ser...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pescaria falhada e perigosa!/ A failed and dangerous fishing!

O título não é meu. Nem sequer tenho qualquer texto original.

Apenas uma foto e um link que devem seguir. Contém um alerta importantíssimo que deve ser tido em conta!


© Rosa Gamboias - All rights reserved.

http://www.flickr.com/photos/25572396@N04/2858914675/

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Saiu bem!

Reflexo / Reflex

Andar por aí, sem destino ou sentido aparente a disparar para aquilo que me parece ser um bom motivo, é um dos meus passatempos favoritos. Podem julgar que é coisa de quem não tem nada melhor para fazer (será!?!) ou fazer outro qualquer juízo, prejurativo ou não, em relação a isto. Podem e até, tentando ver, com sempre tento, as coisas pelo lado positivo, é bom: não vos é (sou) indiferente.

Independentemente de tudo, continuo a gostar de o fazer. Além de me aliviar o stress, reparo em coisas pelas quais passo todos os dias ou já passei em algum momento ou não e que com o seu encanto ou simplicidade lá estão à minha espera: do captar a minha atenção, da escolha do melhor ângulo, da afinação dos valores da máquina e do, finalmente, carregar no botão. E lá vão continuar, à minha espera ou de alguém que tenha a mesma paixão que eu e que as considere, com eu as considerei, dignas de serem registadas.

É simples! Não tem grande saber e acho que todos, com a calma que estes momentos exigem, com a mente livre de pré-conceitos e com a simplicidade do olhar embevecido de uma criança, consegue perceber e sentir os bons dos maus momentos, os bons dos motivos indiferentes e banais. A técnica ajuda, sem sombra de dúvida, mas o estado de espírito, acredito e afirmo, ser mais importante que tudo o resto.

Posso não ter grande técnica, créditos firmados, obra conhecida ou grande queda para a fotografia, mas de vez em quando e normalmente nas fugas que faço na rotina dos caminhos de sempre ou em paragens mais ou menos repentinas por reparar em pormenores despercebidos ou ainda nos desvios que faço para ir a locais que me parecem interessantes ou com bons motivos, consigo sempre fazer uns bonecos porreiros.

Esta, acho, que saiu bem.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A energia solar, ao serviço de todos

O mês passado, quando estive no Andanças 2008, fiquei surpreendido com a eficácia das parabólicas solares ou concentrador solar. Mais do que com os fornos solares, igualmente utilizadores da energia (como o próprio nome indica) solar para cozinhar e amigos do ambiente.

Aspecto da parabólica solar ou concentrador solar      
Podem ver aqui.

O calor que concentra num ponto, muito à semelhança do que fazemos com as lupas e as folhas ou pedaços de papel, coloca os tachos a ferver num instante. A mão humana, não aguenta o calor!

Claro, quando há sol em abundância. E (talvez) forte. No Andanças 2008 estava, não sei como funcionará com o sol menos forte, mas tenho curiosidade...

E sim, também se precisa de um espaço desimpedido e aberto que dificilmente se conseguirá na cidade, num apartamento, obtendo uma exposição solar constante e sem interrupções, como este “apetrecho” necessita...

Já tinha ouvido falar disto.

Confesso que estava pessimista em relação a esta ideia, até a ver em funcionamento. Pensei que fosse mais uma divagação, uma eco treta como tantas outras que lemos, vemos e ouvimos quase diariamente.

Quem quiser saber mais, eu sinceramente não posso ajudar. Podem googlar por “solar cooking”, por exemplo... Há inúmeros exemplos, DIY (do it yourself) passo a passo, informações variadas...

Eu estou convertido! Como por enquanto a energia solar ainda não se paga, acho que já tenho motivo para mais um DYI! Experimentar, não custa.

Pergunto: não há por aí ninguém que tenha uma parabólica velha que se queira livrar?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Comando na mão... Falta a configuração.

Gosto de fazer coisas com as mãos. Bricolage, com se diz hoje...

Custa-me deitar as coisas fora, desfazer-me delas. Mesmo as que estão, à partida, irremediavelmente perdidas. Mesmo essas, gosto de desmontar e descobrir como são feitas, como funcionam, o porquê de estarem avariadas. Nem sempre consigo, claro. Outras, não só percebo, como sempre consigo dar um jeitinho e recuperar o que iria para o lixo. O desperdício consumista dos dias de hoje é uma das facetas da nossa sociedade que mais me aflige. O deitar fora porque não dá para reparar ou não vale a pena (um novo custa tão pouco), nunca me assentou em cima!

Mas este assunto, toda esta introdução, fica para uma outra etapa. A ser bem sucedido a recuperação / arranjo que tenho em mãos. Mas já posso mostrar qualquer coisa, obra feita neste campo. Vejam aqui, por exemplo.

No outro dia, no Vespa Clube de Lisboa, avariou-se o comando da televisão. Raios! Apesar de já lá existir um daqueles comandos universais (não sei porquê ou de onde veio), ninguém sabia como sintonizar aquilo com a televisão. Nem eu.

Como na Internet, hoje em dia, se encontra quase tudo, vim pesquisar. Mas não encontrei nada... Provavelmente fui eu que não pesquisei pelos termos correctos. Duvido que alguém, no mundo inteiro, não tenha tido um problema semelhante e ter escrito algures num blog, a sua “odisseia” de tentar, como eu, descobrir como funciona aquilo na ausência das instruções que, na origem, o devem ter acompanhado.

Meti mãos à obra. Carrego aqui e ali, espero um pouco, o led pisca, aponto para a televisão, Nada ainda. Agora carrego neste dois ao mesmo tempo... Ao fim de algumas tentativas e combinações de teclas mais ou menos absurdas lá consigo algum resultado! Nada como experimentar! E lá consigo sintonizar o comando, em mais do que uma televisão, mudar de canais, desligar, etc.

Fica um breve “faça você mesmo”, com fotos.

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Este é o comando universal. Há uns melhores, com mais teclas e funcções, mas este era o que já tinhamos disponível. Não aproveitar, porquê? (ver maior)

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Para sintonizar o comando, carreguem, no caso de ser televisão, como foi o que me aconteceu, na tecla TV e, sem levantar o dedo desta tecla, na tecla SET. Aparentemente este comando também serve para sintonizadores de satélite, mas não experimentei... (ver maior)

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Assim que o led começar a piscar, podem deixar de carregar nos botões. Apontem o comando para a televisão (se calhar já o deveriam ter mais ou menos direccionado, no passa anterior). Coloquem um dedo sobre a tecla POW. Assim que a televisão entrar em stand by, carreguem no botão POW, sem largar, até que o led deixe de piscar. (ver maior)

Teoricamente, está feito!

Experimentem ligar a televisão, mudar de canais, através do comando etc. Funciona? Agora não se deixem apodrecer em frente à televisão, porque já têm comando. Não serei ou aceitarei ser, responsável por isso! :-)

Julgo que a sintonização deste comando para satélite, deve ser mais ou menos a mesma coisa. Não sei se porá o sintonizador em stand by ou terá outro comportamento, mas com base neste procedimento e na vossa observação e dedução, conseguirão fazer o resto.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

E disse eu...

Eu gosto do que eu faço, não gosto é do sítio onde faço aquilo que gosto!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Essência vs aparência

Nem sei bem por onde começar ou sequer o que escrever, se devo ou não fazê-lo. Mesmo.

Nos últimos tempos, tenho estado ausente. Mas literalmente ausente de tudo o que disse respeito à sociedade, nos espaços, vazios, e proximidades, sobrepostas, que os ponteiros dos relógios, têm teimado em executar.

Não sabia do assalto ao BES, já depois deste ter acontecido. Adorei a cara da Sra. da estação de serviço quando ao meter conversa comigo me falou do assalto. Qual assalto, perguntei? Ficou siderada a olhar para mim, incrédula em como poderia existir uma alminha que não soubesse o que se tinha passado. Pelo menos uma, sim, estava ali defronte dela. E como me estava a sentir bem.

O reboliço gerado por toda a carga negativa das notícias alarmistas e deprimentes que se escutam na Televisão e rádios é impressionante. O efeito sobre nós, é ainda mais assustador. Longe disso, ficamos outros seres, mais despertos para tudo o que de bom existe no mundo, da beleza que nos rodeia, dos sentimentos puros e essenciais, básicos para uma existência equilibrada, equilibradora e equilibrista. Tudo ao contrário do que sucede normalmente, quando estamos misturados com a multidão citadina, bombardeada por barbaridades e sensacionalismos. Acreditem!

É também maravilhoso perceber como as partilhas de novas realidades, o beber de novos conhecimentos e o contacto com outras pessoas nos faz revigorar e perceber pormenores, pequenos, sim, singelos mesmo, mas que são importantes. Quem sabe, os mais importantes...

E é assim que com uma semana apenas de férias se consegue mudar drasticamente de moral e de sensação, paz e luz interior.

Aqui na cidade afloram a breves trechos temporais, mas a rotina esmaga-os sem qualquer dó ou piedade, relegando-os para um plano que não conseguimos observar na pressa com que passamos ou nos damos nos locais habituais que julgamos conhecer. O hábito faz-se assim, em locais que julgamos confortáveis, conhecidos, reactivos. Que engano!

A essência está sempre ao nosso alcance. Sempre! Mas no meio de tudo o resto, é só mais uma, uma escolha, um engano, uma alternativa. No meio de tanta outra coisa, não se impõe, dá-se a escolher, a ser observada, a deixa-se saborear.

Bato quase sempre no mesmo ceguinho. É certo...

Agora voltei, mas só de passagem. Estou quase e novamente "livre"...

terça-feira, 22 de julho de 2008

E se alguém, de uma vez por todas, fizesse alguma coisa?



Mas a sério!

Não vale a pena continuarmos com as eco-tretas do costume, que nos impingem diariamente, como se fossemos os maiores responsáveis do estado do nosso planeta.

Somos responsáveis também, claro, mas não os maiores!

Aplausos, só, boas intenções, apenas, não chegam!

sábado, 19 de julho de 2008

A(s) minha(s) criação(ões), ipsis verbis

Às vezes gosto de pensar que é a vida que nos permite os encontros com meras pessoas boas, futuros amigos e amigas e que tantos e tão fortes e bons momentos nos proporcionam.

Não poucas vezes dou por mim a pensar que se não tivesse ido a tal parte, não teria conhecido tal pessoa que se tornou importante na minha história privada e que passará incógnita para grande parte do mundo, mas nunca para mim.

Alguns desses encontros vêem-se a revelar grandes desencontros, mas sempre com peso, bom ou mau e que por qualquer destas vertentes, me influenciou, mudou alguma coisa, fez-me ter sempre presente algo ou alguém ou uma situação que deveria reter e reter e reter.

Não gosto de pensar que tudo decido. Apesar de nunca ter acreditado no destino e no facto de termos a nossa passagem escrita e que apenas nos limitamos a percorrer os caminhos que nos estão reservados. Também não gosto de pensar que somos donos e senhores de tudo o que fazemos, temos ou podemos vir a ter, que podemos livremente decidir tudo o que nos diz respeito ou poderá vir a dizer. Gosto de um misto dos dois...

Gosto de sentir que o acaso de encontrar alguém importante, é bem mais saboroso e misterioso do que escolher a dedo esse ser e alaparmo-nos a ele como nosso desejo, consentido que foi da outra parte. Estendo isto a todos os outros pormenores da vida, os que se sentem e por isso se consentem e os que se projectam e por isso se amam, com o amor de um progenitor, de um criador, de um ser omnipresente e todo poderoso, naquele aspecto de uma vida imensa e incontrolável.

Gosto muitas vezes de perseguir objectivos, de ter os nervos à flor da pele e sentir a raiva de querer atingir o fim, rápido, mais rápido, já, para me sentir útil, poderoso, gerador de uma realidade que poderá vir a ser aproveitada por alguém e sem nos darmos conta, termos influenciado não só a nossa existência, mas a de quem se cruzou com esta criação nossa. Chamar-se-á destino?

Outras há em que gosto de me sentar, relaxar, sentir a pulsação das criações dos outros, do poder que elas teriam sobre mim se eu lhes tivesse a dar tal importância naquele momento ou do poder que detêm no global dos seres, por variadas razões. Desde a moda, até às convicções, passando pela solidão e incarácter vincado, tudo vale.

Deixai vir até mim o ruído inconsequente do mundo, o rumor das batalhas de criações a disputar o papel principal de um palco que não o é, num espectáculo que há muito deixou de o ser, que eu escuto-o, ao longe, de longe.

Que estou à espera, eu.

Acabei de criar algo.

Deixai ver se alguém repara que aqui estou sentado, todo poderoso, montado naquilo que agora acabei de criar, à espera de entrar na batalha de criações, acredito que, vencedor orgulhoso!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Triste, tocante

Falava com os meus progenitores de tempos idos, de amigos passados, de bons momentos vividos. É sempre bom recordar. Mesmo que esses tempos para mim se difundam no nevoeiro das lembranças que tenho de ainda pequeno. Lembro-me de pessoas, coisas e lugares, mas não com a nitidez que com o passar dos anos as memórias se vão afincando teimosamente a nós.

Como as conversas são como as cerejas, acaba-se sempre por falar da vida e de quem ainda pisa a face da terra e dos outros que já foram contribuir para que a crosta terrestre continue a alimentar as árvores e toda a espécie de flora que nela cresce. Indirectamente, nós também. E num desses momentos...

Recordou-se um amigo que me recordo vaga mas firmemente, pelo bom espírito e doideiras fazia, sempre bem disposto e na brincadeira, que teve a infelicidade de ver falecer um filho pequeno. Mais pequeno do que eu, na altura.

Dessa conversa, o instante que mais me tocou foi relatarem-me o que a mãe do pequeno, disse à minha mãe, no funeral: E quando o meu filho morreu, peguei nele ao colo e fui levá-lo à enfermaria, para não assustar os outro meninos.

Não sendo eu pai (mãe nunca serei, mas talvez os laços sejam ainda mais fortes) e não tendo o sabor e o saber de o ser, senti que nunca ninguém no mundo deveria passar por tal infelicidade! Nunca! E, num momento destes, ainda alguém ter o cuidado de pensar nos outros, de querer para eles o que queria para si e os seus e ter o cuidado de não assustar os outros meninos que estavam na mesma enfermaria!

Fartei-me de chorar.

Sem complexos. Nem vergonha. Nem tentativa de suster o que sentia.

Sim, os homens também choram.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Transcrições

Não digo que não possa acontecer, mãe. Mas não vai ser fácil. Estou mentalizado e preparado para ficar sozinho o resto da minha vida e, por estranho que lhe possa parecer, isso não me mete medo nenhum. Antes pelo contrário: talvez seja menos feliz ou a minha vida faça menos sentido, como a mãe diz, mas aprendi que assim tenho de certeza muito menos angústias e estou garantido contra sofrimentos e decepções que, a meu ver, também não fazem sentido. A verdade, mãe - e desculpe que lhe diga, mas a mãe é de outra geração - ... acho que não percebo as mulheres de agora. E não sei se quero ou se tenho interesse em tentar perceber.

(...)

Quero dizer, mãe, que para mim as coisas são simples: gosto ou não gosto, amo ou não amo. Se amo uma mulher, amo-a mesmo. Não tenho dúvidas, nem contradições, nem estados de espírito, nem outra vida onde ela não caiba. Para mim, que pouco percebo do assunto, o amor é sobretudo a ausência de perguntas, de dúvidas, de incertezas. É paz, segurança, eternidade. O meu pai nunca teve dúvidas se a amava ou não. Amou-a sempre, à maneira dele, que era a única que sabia. Amou-a uma vez, amou-a para sempre. Podia pôr tudo em causa, mas isso a mãe sabe que ele nunca pôs. E eu não percebo que as mulheres não pensem assim. Não percebo!

(...) o meu cavalo gosta de mim todos os dias. Compreende-me todos os dias, sabe o que eu quero e o mesmo se passa comigo em relação a ele. Se há um dia que eu não o monto, ele sente saudades de mim e todos os dias olha para mim como o seu melhor amigo.

(...)

Quem nunca sofreu por amor nunca aprenderá a amar. Amar é o terror de perder o outro, é o medo do silêncio e do quarto deserto, de tudo o que se pensa sem poder falar, do que se murmura a sós sem ter a quem dizer em voz alta. É preciso sentir esse terror para saber o que é amar. E, quando tudo enfim desaba, quando o outro partiu e deixou atrás de si o silêncio e o quarto deserto, por entre os escombros e a humilhação de uma felicidade desfeita, resta o orgulho de saber que se amou.


> Miguel Sousa Tavares, Rio das Flores, 1ª edição, Oficina do Livro, Lisboa, Outubro de 2007, p. 371, 372 e 583    

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Momentos Zen



Cantiga d'amor - Rádio Macau - Oito



preferias que cantasse noutro tom . que te pintasse o mundo doutra cor . que te pusesse aos pés um mundo bom . que te jurasse, amor, o eterno amor . // . querias que te roubasse ao sete estrelo . a luz que t'iluminasse o olhar . embalar-te nas ondas com desvelo . levar-te até à lua p'ra dançar . // . talvez até pudesse dar-te mais . que tudo o que tu possas desejar . não te debruces tanto que ainda cais . não sei se me estás a acompanhar . // . podia se quisesses explicar-te . sem pressa tranquila devagar . e pondo claro está modéstia à parte . uma ou duas coisas se calhar . // . que a lua está longe e mesmo assim . dançar podemos sempre se quiseres . ou então se preferires fica aí . que ninguém há-de saber o que disseres

Flak . Pedro Malaquias



Fecho os olhos.

Imagino todo um mundo perfeito ao som desta música. Onde as pessoas se pudessem amar livremente e sem as barreiras da vergonha e ou do preconceito socialmente imposto, parvo e sem sentido. Sem a aproximação difícil do primeiro momento, do primeiro encontro, da primeira partilha, do primeiro calor sentido quando os dois se aproximam mais e sentem a chama da unidade.

Imagino-te, sorrindo e esperando pelo meu abraço quente e sentido, forte, cair no teu colo à noite, cansado, exausto e sem as forças que mereces. E seres o meu porto, o meu refugio, o paraíso secreto e só meu,por descobrir, por desvendar, inóspito e puro, secreto, mas límpido, claro. O meu local de recuperação, de inspiração, de vida e rejuvenescimento. Renascimento. Sempre!

Depois o que conseguiríamos, juntos, fazer pelo mundo. A diferença que marcaríamos por sermos dois, um, unos, fortes e jovens, cheios de ideais e crenças, lutas por travar e lugares por descobrir, saberes por partilhar, acções por beber, tradições por explorar, o mundo por beber e saborear. Tudo o que de bom à nossa volta giraria, sem pressas, sem tocar nas nuvens, leves...

A fúria de devorar a vida, a raiva de te ter sempre para mim, em mim, por mim, de te saber partilhar, de te tocar inocentemente, com intenção e luxuria, e sentir a vida na ponta dos dedos, e nos pés, e no corpo todo, num tal formigueiro de vida, energia, palpitação, irreverência, fulgor e sentimento e amor, ardor.

De saber que nunca teria alcançado tudo isto se tu não o fosses, se não o fizesses, se o não mostrasses e mo desses. De que, talvez, pudesse nunca ter sonhado tão alto e forte e ambiciosamente com o meu mundo, o nosso, o teu, o mundo que me deste, que fizemos e que sentimos ambos. Ser do dois. Só nosso, nem meu, nem teu.

É esta a harmonia de amor, do amor, que me inspira. Que me retorna, com a escuridão dos olhos cerrados e do silêncio imposto ao mundo à volta, toda a fúria de viver, contigo, por ti, para ti, de ti. De fazer, ser jovem, sempre, ter o sangue a correr com raiva e ter vontade de viver. Gritar alto. Só. E nada mais. Só viver.

Se estiveres. Apenas. Se fores. Simplesmente. Se amares. Perdidamente. Se deres. Tudo Se partilhares. Se te deres, em amor, sincero, despretensioso. Se me sorrires. Único. Só. Tudo!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Tenho uma paixão por fotografia

Gosto de fotografar os mais variados motivos, mas por vicissitudes várias, acabo por fotografar maioritariamente motivos de natureza, aves predominantemente. Na verdade, adoro fotografar pessoas, mas sinto-me quase intimidado a fotografa-las sem consentimento e assim captar a sua verdadeira beleza, sem poses ou sorrisos forçados.

Segundo o Flickr, da já longa lista de fotos que por lá tenho, estas são as mais populares. Não sei como é calculado este ranking, mas considero que algumas são mesmo das melhores fotos que já tirei.

O prazer que me dá carregar no botão no momento certo é quase indescritível. Se bem que a ansiedade da revelação se esvaiu um pouco com a era das máquinas digitais, é um facto que nem todas as fotografias que parecem aceitáveis na pré-visualização das máquinas, são na verdade aproveitáveis. Muitas são, mesmo assim, as desilusões e os pensamentos de "Bolas, devia ter disparado mais uma!", nem por isso deixam de ocorrer, quando sentados em frente ao monitor, as visualizamos pela primeira vez, em tamanho real.

Claro que as máquinas digitais nos facilitam a vida e permitem experiências que de outro modo dificilmente faríamos. Não se desperdiçam recursos, com excepção do espaço do cartão de memória, mas nem isso hoje em dia é problema. Estão mais baratos que nunca e mais rápidos do que alguma vez podemos imaginar.

Profundidade de campo
Profundidade de campo #1
O tempo de exposição, a profundidade de campo, conjugados com as medições de luz "a olho", podem dar resultados surpreendentemente diferentes para um mesmo motivo e nem sempre a medição mais adequada é a que produz o melhor efeito. Neste ponto um hip hip hurra para as máquinas digitais que nos permitem ir aperfeiçoando e conhecendo o equipamento, vantagens, limitações e ou capacidades.

Existem técnicas diferentes que se podem empregar, vários equipamentos, etc, conforme o motivo que vamos captar. Já aqui escrevi (e o assunto ainda será abordado, novamente) sobre o digiscoping, por exemplo, bastante utilizado na observação de animais, no meu caso, aves.

Profundidade de campo
Profundidade de campo #2
A calma é essencial para uma boa fotografia. Chegar, ver e disparar nunca deu bom resultado. A paciência com que se analisa o motivo, se percebe de onde a luz vem ou de como poderá favorecer ou não a captura e, mais uma vez, a profundidade de campo e tempo de exposição, podem fazer a diferença. Nesta foto ao lado, preferiria sempre uma profundidade de campo reduzida, que faria sobressair a flor, motivo central da composição (apesar do enquadramento poder não ser o melhor). Mas se por acaso estivesse algo de interessante, ao nível do solo, sem dúvida que uma maior profundidade de campo seria bem mais interessante.

Chegar, ver a flor gira e disparar, poderia ter-se perdido um bom motivo e ter capturado apenas um, motivo banal, mais uma foto no meio de tantas outras.

Tudo se resumirá à paixão. Como em tudo. Tudo o que se faz por gosto, sai bem.

Sinto que a fotografia para mim, é bem mais que um gosto, é um escape, uma actividade que me liberta do stress do dia-a-dia e me desperta para coisas simples, pequenas, belas que de outro modo me passariam despercebidas. Gosto de andar com a máquina atrás, sempre.

Nunca se sabe quando um bom motivo se cruzará no nosso caminho...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O piropo

Se às vezes perdem as palavras na hora de o lançar, se aprendem um e gastam-no até já não se usar, se têm medo de serem mal interpretados, se julgam que não têm capacidade de fazer um vosso, se nunca conseguem memorizar o último que ouviram e acharam porreiro, se...

Este documento pode-vos salvar a vida ou livrar-vos do instante embaraçoso ou aniquilar a indecisão que vos fará perder o momento certo.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Todo um mundo novo, à espera

Nome comum - Chapim-azul (PT), Blue Tit (EN)
Nome científico - Parus caeruleus / Cyanistes caeruleus

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O que se tem passado...

Vá, aceito que digam, indignados, indiferentes ou simplesmente o digam porque ouviram alguém a dizer e repetem-no quase que inconsequentemente, que nestes últimos tempos não tenho andado muito por aí, por aqui ou por outros sítios costumeiros e parte da rotina dos amigos e da vida que nos leva, invariável e forçadamente, quase sempre a acabar, no final de novas voltas, nos mesmos locais de sempre.

Posso tentar justificar?

Tenho trabalhado muito. Não serve? Pronto, tentei e disso ninguém em pode acusar. Mas já que por aqui andam e até estão a ler isto, vejam pelo menos o que tenho andado a fazer, aqui. Inteiramente e integralmente desenvolvido por mim!

É um concurso de fotografia, suportado pela revista flash, ao qual todos podem concorrer (basta registarem-se no site), enviando as fotos sobre o seu momento flash!

Eis o motivo pelo qual o trabalho foi escolhido para aqui ser listado...

Depois tenho...

Dormido muito. Ah, esta já serve. Tendenciosos!!! Tenho dormido muito consequência de ter trabalhado muito. Fico com os neurónios peganhentos, moles, refilões e a pedir descanso e, sob a ameaça interna deles deixarem de funcionar como têm feito até aqui (atenção que nunca frisei que funcionavam bem ou menos mal, sequer), resolvo ceder. Dormir, portanto, serve...

Depois, estive de férias, fora daqui. Serve? Pois, está bem, mandei um post de férias, mas foi testando a tecnologia que permite enviar posts por mail e serem automaticamente publicados, como que por artes mágicas. Não, não tenho portátil, é um facto, mas tenho um N70, com ligação à internet e mail configurado. Assim, assim? Ok, ok.

Mais nada a declarar de relevante, excepto a preguiça, mas essa está cá sempre, por isso não entra nesta lista. Acho eu...

E depois os pensamentos idiotas que sempre me assolam, também me consomem alguma serenidade e disponibilidade mental. O último: podemos correr o mundo, fazer e acontecer, sentirmo-nos bem melhor noutros locais e pensar que talvez ali sim, seriamos plenamente felizes, mas a nossa casa, a nossa cama, o chegar depois de uma longa ausência, o repousar à noite na nossa cama, é uma sensação... de batalha vencida e de recuperação das forças vitais, esplendorosa.

E pronto!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Lá tão longe, mas bem mais perto

Aqui, longe do reboliço e do ruído sufocante da civilização, rodeado por serras mais ou menos esquecidas, virgens e imutáveis, onde o tempo descorre ao ritmo pachorrento mas forte dos raios do astro rei e onde o silêncio impera, agora que caiu a noite e o vento sossegou, esquecidas as agruras dos homens que só aqui chegam pelo telejornal que se escuta à hora do jantar, dou por mim numa retrospectiva mental de tudo o que fiz, disse ou pensei até aqui. Como se nada mais tivesse pela frente de novo, estimulante e desconhecido, como se a vida se tivesse tornado como a palma de uma mão, familiar, decorada, desinteressante.

Conto cada murmurio que ouço de tão parcos, sei de cor a paisagem que alcanço e que só muda de cores conforme as estações do ano e as flores do mato. Consigo identificar os caminhos antigos que já não existem à custa do abandono a que os votaram, décadas e décadas de uso desperdiçadas, passos futuros que nunca mais por ali passarão, memórias de todo um povo que se esvai sem que ninguém com isso se importe ou fira, a não ser por quem eles passou vezes sem conta.

As casas agora são diferentes, modernas e confortáveis, com os tiques de comodidade vindos das cidades e que aqui destoam gritantemente. As gentes que as habitam sazonalmente, habituados que estão à vida parva e individualista dos prédios nas metrópoles, adoptam aqui o mesmo estilo; fecham-se em casa e ignoram que o mundo real acontece lá fora, que os pássaros vão continuar a entoar os seus cantos e que nunca repetem os sítios ou as sequências das notas que debitam sem desafinar. As nuvens com as suas originais formas, a brisa refrescante das tardes abrasadoras de verão, a água que corre nos ribeiros, tudo passa e não volta e tudo será ignorado e desvalorizado para verdades estáticas, forjadas e feitas para seres sós, inertes e amorfos.

Percebo a vida aqui. Vejo e percebo a lógica das coisas, o porquê dos equilíbrios e ordens seculares que se teimam em igorar, em benefício de uns, prejuízo de outros, indiferença de alguns ou descrença e desalento de uns poucos. Elas vão continuar a existir e persistir quer se queira quer não e por mais que se batalhe e evolua nunca as conseguiremos controlar ou ignorar.

Sei que amanhã estará tudo no mesmo sítio, do mesmo modo que sempre conheci. Nem as recentes sombras de coisas metálicas, frias e energéticas que se projectam nas serras por força e imposição dos homens, mudam isso. Nem mudarão. É a teimosia da natureza, a regeneração e imposição da sua vontade poderosa, forte e sábia, dia após dia, era após era. Em jeito de profecia bíblica, apocaliptica, descabida: assim foi e assim será!

domingo, 25 de maio de 2008

Um complicado entrançado energético

Por este ou por aquela razão, não me tem apetecido escrever.

Ao contrário do último post que aqui coloquei, não tenho andado muito lá por fora. Ou melhor tenho, mas abrigado da chuva e o indispensável para as movimentações do dia-a-dia, quase.

Confesso que o preço da gasolina e as dívidas recentes que ainda teimam em estar no estado “por liquidar” me têm inibido ainda mais do que a chuva. O combustível a 300 escudos / 1,5€ o litro dá cabo de qualquer orçamento! Neste ponto tenho saudades da semana que andei por Espanha. Sem chumbo 95 a 1,190€ o litro foi o máximo que paguei e foi num posto mesmo junto à fronteiro de Quintanilha, em que exclusivamente se via matriculas portuguesas e em que inclusive os funcionários eram todos portugueses. Noutros pontos também tenho saudades de Espanha, mas isso levaria a grande prosa e listagem de argumentos. Talvez noutra altura.

O único pensamento que me lembro de ter tido, ainda assim tão desinteressante como todos os outros, foi sobre escadas rolantes. Sim. Mesmo. E até poderá estar relacionado com o aumento dos combustíveis e o consumo desmesurado de energia por parte da humanidade (interessante este chavão que excluí os países em vias de desenvolvimento que pouco ou nada gastam de bens, energia ou alimentos).

Em todos os edifícios mais recentes, existem elevadores, passadeiras ou escadas rolantes. Em alguns deles são bens eminentemente necessários e indispensáveis, noutros tantos serão luxos esbanjadores de energia.

Porque é que ao invés de termos passadeiras rolantes para nosso belo prazer e para não mexermos os nossos pezinhos, não temos rampas normais, de cimento ou outra qualquer cobertura moderna? Assim vamos a deslizar por ali abaixo, calmamente, sem qualquer esforço... E as escadas? Porque é que são rolantes? Não podemos, ou será um esforço desmesurado, por um pé à frente do outro, força nas pernas e irmos descendo ou subindo os degraus que se nos deparam à nossa frente? Mesmo que existissem apetrechos rolantes, porque é que não os descemos à mesma, com ganhos enormes na velocidade com que o fazemos?

Tudo isto se move a energia. Eléctrica, maioritariamente. E de onde vem essa energia? Maioritariamente da queima de combustíveis fosseis, carvão e petróleo. Temos barragens, eólicas, energia solar, mas são ainda residuais na imensidão de unidades de medida de energia que produzimos todos os dias.

Ora também nos continuamos a alimentar como se fossemos correr a maratona, todos os dias. Não ligamos se vamos de carro para tal sítio ou se planeamos correr a meia maratona de Lisboa. Não queremos saber se vamos subir as escadas até ao 7º andar direito ou se apanhamos o elevador nas 15 vezes que descemos ao nível da rua. Se pensamos muito ou pouco e temos que alimentar as descargas eléctricas entre as células cerebrais, passa igualmente ao lado no cálculo da dose de alimentos que ingerimos. Conteúdo os alimentos que ingerimos são para nos dar energia que utilizamos para viver, escrever posts em blogs (interessantes ou não) ou meramente para aproveitarmos o descanso proporcionado pelos apetrechos rolantes do nosso edifícios.

Contra-senso dos contra-sensos, estamos a esbanjar dois tipos de energia. A eléctrica que produzimos e a que retiramos dos alimentos que ingerimos.

Não admira que hoje em dia toda a nossa existência se baseie na energia. Tudo o que construímos necessita dela, mas se por um lado nos continuamos a alimentar alarvemente para continuar a nossa existência como se fizéssemos tudo por nós, no outro extremo temos todas as comodidades recentes que nos privam do gasto de energia que existiu quando os nosso avós andavam pelas serras a guardar rebanhos, cortar mato ou lenha ou a palmilhas as longas e difíceis distancias entra a aldeia e a vila mais próxima, por ocasião do mercado sazonal.

Enquanto descia calmamente sobre uma passadeira rolante, sem sequer me mexer, lá gastei um pouco mais de energia tendo este pensamento. Serviu para me sentir menos frustrado por o ter tido. Se bem que logo a seguir me pus em movimento e desprezei as escadas que me surgiram uns passos mais à frente, o défice de energia continua a ser significativo. A que produzi ingerindo alimentos não a vou largar tão facilmente (que digam os pneus que teimam em existir) e a energia que alimentou as escadas, foi perdida inutilmente, para todo o sempre.

Fundamentalista como sou, resolvi encetar uma guerra silenciosa e pacífica, contra todas estas modernices. Continuarei a usar o elevador para subir até ao 7º direito, fora isso, passarei ao lado o maior número de vezes que conseguir.

Força nas pernas! Movimento nos pés! Abaixo o gasto inútil, duplicado e evitável de energia!

terça-feira, 6 de maio de 2008

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Afinal...

Há uns meses atrás, estava eu a catalogar as minhas fotos no Flickr, nos sets e ou grupos correctos e recebi uma mensagem de um utilizador. Recebo algumas, com convites para me juntar a grupos, frequentemente, ou com qualquer outro assunto, dicas de fotos, discussão de outros pontos, menos frequentemente. Nesse dia a mensagem era diferente...



Era um pedido, de alguém da Republica Checa, de uma foto que eu tinha publicado no site, de um melro (Turdus merula), para ser utilizada num livro de histórias com um preço simbólico de pouco mais de €1, para ajudar alguns países da África Central, na protecção dos gorilas selvagens. Baseia-se na história de dois pequenos gorilas do Zoo de Praga e pretende mostrar que, embora os gorilas sejam um pouco diferentes das pessoas, merecem todo o nosso respeito, consideração e protecção.

Até me mandou um endereço, para ver do que se tratava: http://www.rozhlas.cz/unmasking/

Ao ler aquilo, fiquei sem saber o que pensar... Será verdade? Anda por aí tanta gentalha a tentar aproveitar-se de meio mundo para fins menos meritórios... Juntei um pouco da minha desconfiança natural e fiquei de pé atrás, apesar de ser só uma foto que eu tinha tirado e com a qual nada iria fazer ou alcançar, tirando o gozo que me tinha dado tirá-la.

Respondi a dizer que tudo bem que apesar daquilo tudo poder ser uma grande história e tudo mentira, como o fim, a ser verdade, era importante, que iria doar a foto. Bastava mandarem-me o correio electrónico para enviar o exemplar sem tratamento e com a melhor qualidade possível. A minha única exigência, era publicarem o autor da foto e enviarem-me um livro para ver o resultado final. Acho que era justo, não?

Passaram-se alguns dias e nada de respostas... Comecei a pensar que ser um pessimista dá mau resultado, que a minha desconfiança tinha afastado a pessoa do outro lado ou que afinal não seria assim tão sério o assunto. Olha ainda não é desta, pensei, que vou utilizar algumas das minhas fotos que não para mostrar aos amigos e ou família ou colocar no Flickr.



Mas a resposta lá acabou por chegar. Que apesar de não irem utilizar a minha foto, como tinham apreciado o meu gesto e, uma vez que o livro já estava pronto, para eu enviar o endereço para receber uma cópia. Ainda respondi a dizer que não valia a pena, mas perante a insistência, lá enviei o endereço. Desconfiado, segue o do trabalho, pensando que poderia ser uma maneira de sacar informações de onde vivia ou isso e que nada iria receber.

Mas recebi! Passada uma semana se tanto, lá vem uma correspondência, remetida da Republica Checa à minha pessoa, com um livro lá dentro, com a história relatada, etc. Tudo certinho como me tinham dito, sem nada de outros interesses ou assuntos menos claros. Dois sentimentos contraditórios me ocorreram naquele instante.

Um de pena por ter que desconfiar das situações mais corriqueiras da vida. A Internet é um mundo dentro do nosso mundo e nunca se sabe quem é que está do outro lado e as suas intenções ou objectivos.

Por outro lado o de saber que afinal ainda há uma réstia de esperança para este nosso mundozinho cruel e mesquinho. Como ainda se podem encontrar pessoas sinceras e desinteressadas, verdadeiras e caridosas e que merecem o nosso respeito e são exemplo para todos nós.

Não cheguei a participar com nada, mas sinto-me contente e orgulhoso de toda esta história e de ter sido interveniente nela, Talvez o mais pessimista, desconfiado e descrente num desfecho como o que acabou por ter, mas apesar de um pormenor insignificante no mundo agitado e de macro dimensões e inúmeros acontecimentos simultâneos globais, a “minha” história foi bonita, foi simples e foi importante. Alguém reparou em mim entre tantos, alguém achou que entre multidões eu poderia ter valor, alguém sentiu que poderia contar comigo para ajudar, alguém achou que mesmo não ajudando mereceria o mesmo respeito que quem ajudou, alguém entendeu que me deveria de recompensar as respostas que tinha dado e isso é tudo. É tudo. Basta para ser um acontecimento simples, mas marcante para mim.



E no fim de tudo, aqui está “o meu” livro: http://www.rozhlas.cz/unmasking/comments/_zprava/449406

segunda-feira, 21 de abril de 2008

José Afonso, o eterno Zeca

É indiscutivelmente um dos meus cantores favoritos de todos os tempos, nacionalidades, géneros ou ritmos. Além de ter revolucionado o país, não só em termos musicais como ideológicos com as suas cantigas de intervenção e ideologia de esquerda, deixou-nos um legado de lindas melodias e poemas cheios de sentido, razão e sentimento.

Sabendo disso e como quem tem amigos tem tudo, enviaram-me recentemente um link para um blog que tem muita discografia do Zeca. E não só; documentários, testemunhos, letras, etc.

Esta que se segue, é uma das minhas favoritas...


(reparem no Fausto à guitarra...)


Redondo Vocábulo

Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
P'los degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Congregando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincavam e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa


A Cristina Branco tem uma versão desta mesma música, igualmente fabulosa. Podem ver e ouvir aqui.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Em Abril, águas mil

Até pode parecer que o último texto está adequado à data em que foi publicado. Estará se não levarem em conta que no dia em questão se tem obrigatoriamente que dizer (escrever ou transmitir a outrem de qualquer modo, através de um qualquer código) uma patranha. Não foi. Não é.

Certo que ultimamente me tenho apaixonado com muito facilidade, razão de estar ainda solteiro, encalhado para os mais rudes ou, quem sabe, o desespero de quem se vê sem a alma gémea ao lado, a isso leva. Penso que não seja nem uma coisa nem outra.

As mulheres gostam de se fazer notar. E como eu aprecio isso. Os dias bons que por aí vieram, fizeram diminuir as roupas e surgir os tops e as saías mais curtinhas, tecidos mais insinuantes e cortes mais provocadores...

A culpa é delas, das mulheres! São lindas, estão lindas e fazem-se lindas e gostam de o ser e de mostrar que o são. Provocam. Gostam do jogo de olhares e sorrisos e de saberem que nos têm na mão. E eu, não me importo nada e deixo-me ir. Como eu gosto de estar nas mãos de uma mulher! E elas gostam disso. Gostam de sentir a importância que eu lhes aparento dar. Ficam inchadas, felicíssimas da vida. Radiantes! E eu também. Rodeado de beldades.

Será pesado dizer que me apaixono. Gosto do flirt, desse jogo de quem quer, mas não come, de que comeria se pudesse, mas está de dieta e então nada feito, de quem quer unir duas madeiras sem prego ou cola, sabe que não conseguirá, mas não desiste do seu objectivo, apesar de o saber intangível, impossível, assim, desse modo.

É a essência da vida. Aposto que o Adão se comportou com a Eva do mesmo modo que nós nos comportamos, machos e fêmeas, que tiveram a mesma linguagem corporal, olhares e sorrisos matreiros e cheios de significado que temos hoje. O Adão com a Eva ou a Eva com o Adão que não sou pretensioso ao ponto de clamar este jogo apenas nosso, dos homens, machos conquistadores.

Mas há miúdas e miúdas, mulheres e mulheres... E por algumas, bem que tento resistir, mas apaixono-me. Tenho que me apaixonar perdidamente; é inevitável! Porque depois deste jogo de quem quer esconder, mas mostra tudo sem pudores, há algo mais. Só algumas têm. Aquele tempero que nos adoça ainda mais a vida. Que amplia o bom sabor que ela já tem. Delícia!

Estou apaixonado!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Gosto de ti! Graças a ti!

Gosto de ti!

Tu passas e eu não fico indiferente. Vejo-te e sinto o que posso chamar de fogo aparvalhado da paixão adolescente e forte que já há muito não sentia. Não consigo resistir às tuas curvas a passarem à minha frente. Não dá. É inevitável sentir um baque forte no peito quando te vejo, quando te pressinto. Ou imagino que ali estás ou vais estar ou que costumas por ali estar.

Sinto-me bem só de pensar que te poderei ver. Chova, faça sol ou seja de que maneira for a ansiedade é sempre grande. Os meus minutos que abarcam as horas dos homens. A expectativa, a vontade de ficar ali, só porque sim, porque sei que por ali vais estar mais tarde ou mais cedo. Só de imaginar a tua sombra ao meu alcance.

O teu nome inspira-me como me inspirou o da primeira menina que me apaixonei. Há muitos anos atrás. Éramos crianças. Eu e ela, a menina. E tu? Por certo que sim. Não te conhecia. Já devias ser maravilhosa como o és hoje. Ou conhecia-te?

Marta.

Lembro-me da menina, linda, de totós como me lembro agora de ti. Melhor de ti agora, confesso. Não é por acaso. És a culpada. Mais nítida. Mais... mulher. Mais... “minha”. Como me apetecia agora abraçar-te. Ver-te. Ter-te para mim. Sentir-te. Cheirar-te. Admirar-te. Conhecer-te de fio a pavio. Ou seria de lés a lés? Pfiuuuuu

Pode ser um sonho. Pois pode. E, por agora, deve. Pode vir a ser realidade. Também. Pode ser. Talvez. Mas não me deixas de perturbar por isso. Pela incerteza de saber que poderá ser nunca. Nada, nem um pouco. Continuo a gostar de ti. A sentir o fogo que me ateias, quando passas. Ou imagino que vais passar. Ou passaste e eu estava por perto.

Não me importo. Até lá, sonho. Isso vai-me bastando. Até um dia. Àquele dia.

Meu Deus, como me consegues perturbar! Tiveste esse dom. Tens. Sabias? Será que irás saber? Caramba, gosto de me sentir assim. Aparvalhado. Descompassado. Desconcentrado. Embasbacado. Apaixonado. Adolescente.

Graças a ti!

segunda-feira, 24 de março de 2008



Este menino infelizmente tem uma doença grave. Para a resolver, precisa de uma transferência de medula óssea e não tem nenhum familiar compatível nem nenhum dos dadores registados de medula óssea na Europa, é compatível.

Em desespero de causa dos pais tentam por todos os meios encontrar um dador que seja compatível com o registo do seu filho e daí esta campanha.

Fazer este exame não custa nada. É tão simples como levar uma injecção ou tirar sangue para uma análise. No fundo e neste fase, é simplesmente isso.

Se alguém quiser ajudar, passe por lá. (E como é que eu faço isso?)

Mais informações: www.colegioatlantico.com...

terça-feira, 18 de março de 2008

Adoro este anúncio!



Esta sim é publicidade de qualidade.

Não tenta vender, não tenta impingir, mas cria um universo com o qual a pessoa se identifica, um universo criado e sustentado pela marca Skip e no qual, neste caso, todas as crianças têm direitos. Direito a ser feliz, direito a sujar-se, direito a ser criança, direito a viver num mundo saudável e apaixonado. E, mais ou menos inconscientemente, todos ficamos a sonhar em ser criança novamente...

Tudo isto vem nos manuais da Publicidade e ou Marketing (os mesmos que estudei antes de enveredar pela informática), mas não deixa de estar excelente, bem feito e a fazer-nos sonhar.

Inconscientemente ou nem tanto assim, na próxima ida ao Supermercado, pelo menos, vamos sentir qualquer coisa quando passarmos na prateleira onde se expõe o Skip... A desejar-se positivo, a ansiar a compra do produto.

segunda-feira, 10 de março de 2008

terça-feira, 4 de março de 2008

livebot gerador de SPAM?

À uns meses a esta parte, um dos sites que orgulhosamente mantenho e desenvolvo, começou a registar um número anormal de vistas provenientes, presumo eu e muitos como eu, dos indexadores do live.com da Microsoft. Passou dos esforçados 200 unique users por mês para cerca de 2000!

Uau, agora é que estamos a produzir conteúdos interessantes, mas... assim tão a despropósito e de repente?

Ao longo do tempo fui observando a regularidade dos novos números (inflacionados!?!) e da proveniência dos mesmos, sempre constante: livebot-xxx-xxx-xxx-xxx.search.live.com, sempre com a mesma pesquisa por fundo: http://search.live.com/results.aspx?q=soeirinho&mrt=en-us&FORM=LIVSOP. Comecei a duvidar que no mundo e de repente, tanta gente se começasse a interessar pelo Soeirinho, aldeia beirã, modesta, linda e pura, mas tão no interior abandonado de Portugal que poucos no mundo se lembrariam de procurar por ela, a não ser os que ainda dela descendem.

Passam-se os meses, passam-se as ocasiões com afazeres profissionais, o tempo escasseia e a consulta das estatísticas de acesso foram ficando esquecidas e adiadas para outras ocasiões mais propicias e desafogadas. E passados estes meses a coisa continuava. Como Tech nerd não poderia deixar continuar isto sem encontrar uma resposta para o que se passava. Lá vem o googlar...

Ao que parece não se passa só comigo. Estranho seria de facto, o interesse súbito que o Soeirinho estava a despertar. Não, ainda não é desta que chegamos a todo o mundo, excepto Portugal, Brasil e uns quantos imigrantes espalhados pelo mundo e que ocasionalmente vêm cá para por pesquisas feitas. A receita das filhoses é a favorita, a seguir à galeria de fotos cheia de nomes científicos de aves e plantas...

Explicações parecem existir muitas, que vão desde os ataques de hackers usando dados da Microsoft (e do Google, porque não usam?), passando pelos sistemas da Microsoft com mau funcionamento ou tentando descobrir falhas de segurança em sites, etc, etc.

O caso do site a que refiro, difere dos restantes casos relatados, porque a pesquisa usada tem sempre a ver com o conteúdo do mesmo. Outros casos há que relatam termos de cariz pornográfico, medicamentos, pirataria ou outros, como originando tráfego para sites que não têm qualquer conteúdo desse tipo.

Em Dezembro do ano passado (2007), finalmente e depois dos muitos protestos dos webmasters de todo o mundo, a Microsoft lá veio com uma resposta. http://blogs.msdn.com/webmaster/archive/2007/12/04/live-search-and-cloaking-detection.aspx. Meio esfarrapada é certo, mas também o são as teorias da conspiração que falam em ataque ao AdSesnse do Google e no baralhar de estatísticas deliberadamente ou congestionar de servidores de sites mais modestos e por isso, dizem, menos dignos de terem os seus conteúdos disponíveis nos maiores motores de busca mundiais.

Qualquer das reacções me parece disparatada.

A da Microsoft porque se arrisca com as suas medidas preventivas e de boa fé a ser bloqueada por muitos webmasters e, sem acesso aos servidores para indexar páginas, não gera um boa base e, bye bye utilizadores. Por ventura, o Google está de braços abertos e com um sorriso amistoso...

A dos webmasters porque além de a Microsoft estar a levar a cabo uma guerra santa e a ficar cega com o poder que detém, não creio que queira prejudicar quem quer que seja. Nem tão pouco me parece que pretenda prejudicar as receitas do AdSense (apesar de o estar a fazer).

Bloquear não me parece a primeira e mais aceitável reacção ao problema. Muitos entraram em contacto com a Microsoft e já admitiram o problema e prometeram redução com o tempo do sucedido. Vamos esperar.

Do meu lado, noto um ligeiro decréscimo, mas nada que se compare aos valores antigos.

Faço fé que a questão seja resolvida e por isso não vou bloquear o que quer que seja. Também não tenho AdSense ou qualquer outro tipo de publicidade e as estatísticas são apenas consultadas por mim, pelo que não me prejudica de outro modo que não seja o enviesamento do tráfego real que tenho, mas... até fico satisfeito. Mesmo que seja uma máquina cega que me visita, posso sempre fazer de conta que me esqueço desse facto.

As pesquisas de sempre, lá estão à mesma, a receita das filhoses e os termos científicos continuam a gerar o tráfego de sempre, das origens de sempre, dos motores de busca do costume, por isso, faço um filtro e ignoro as entradas vindas do liveebot.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Fins-de-semana e as revoltosas segundas-feiras seguintes

Quando o fim-de-semana é em grande, a segunda-feira é quase sempre em baixo. Não porque nos dói a cabeça ou outra razão qualquer físico-fisiológica, apenas.

Custa saborear os momentos tão bem passados e tão vivos ainda, enclausurados entre as quatro paredes brancas e outros tantos tabiques divisionários, de um escritório e sentir o sabor já tão distante quanto está o local onde os tivemos, tão recentemente.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social

Por estes dias, muito se deve procurar nos motores de busca, pela SEDES.

Desconhecida pela grande maioria de nós, na qual me incluo, a Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, saltou para as luzes da ribalta devido a este parecer sobre o estado actual da sociedade portuguesa e do mal estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional.

A comunicação social exaltou, enobreceu e divulgou. Os políticos desdramatizaram, sacudiram-se e ignoraram.

Por cá continuamos.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Flamingos em visita alargada à Baía do Seixal

Desde há uns largos meses a esta parte, têm sido avistados regularmente, na Baía do Seixal junto à Ponte da Fraternidade / Porto da Raposa, um bando de alguns Flamingos.

Não sendo inédita a visita destas aves à Baía, ocorrendo mais ou menos regularmente ano após ano pela altura do Natal / Ano Novo, torna-se importante pela longa permanência dos Flamingos e também pelo elevado número de aves que compõem o bando "residente", este ano.

Um belo cartão de visita do Concelho que faz não só as delícias dos amantes e observadores de aves, mas um pouco de toda a população que ocorreu às margens da Baía, em grande número, com o aparecimento dos Flamingos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Dolce fare niente

No fim de semana aproveita-se sempre para espairecer. Quase sempre. A maior parte das vezes... Eu e Portugal (quase) inteiro.

Aproveitei, um passeio abortado de TT e fui até à praia. Sentado no capot, pernas esticadas, a apanhar sol... Uma beleza. Como eu algumas dezenas de pessoas, diferenciando-nos apenas no sítio onde nos sentávamos. Uns liam, outros andavam, jogavam à bola outros, com os seus cães mais uns quantos. Os donos passeavam os cães, os cães os donos... Quem brincava? Quem condescendia?

No meio de tanta gente, encontravam-se uns quantos solitários, como eu, que apenas se importavam com o sol que nos ia aquecendo. Seria? Uns sim, outros duvido. Havia pessoas que, com os pés a deixar rasto na areia, caminhavam cabisbaixos ou pensativos. Outros ignoravam os apelos caninos e meigos dos amigos que tinham ao pé. Outros ainda, com inolvidável alegria, iluminavam as suas faces ao olhar para quem caminhava ou jazia a seu lado, de mão dada e peito cheio de coragem, força e poder contra o futuro, ainda jovem para eles.

No meio de toda aquela imensidão, areia, mar, céu, as pessoas e outros seres, o canto dos pássaros ou os saltos dos pulgões da areia eram apenas estrelas no firmamento do mundo ao alcance da minha visão e sob o poder absorvente dos meus outros sentidos. Que importa? Quem somos nós? Que importância temos nos parcos instantes em que podemos subir ao palco da vida e desbobinar o papel que vamos escrevendo e julgamos importante? Será de facto?

Estava sentado a apanhar sol, a descontrair do stress dos últimos dias, a suspirar profunda, calma e ponderadamente, saboreando cada átomo do ar que inspirava, a observar os outros no quadro daquele inicio de Domingo, sereno, seguro, confiante. Se a vida sempre assim fosse...

Afastado de todo o reboliço do mundo, apenas interrompido por o som penetrante e incomodo de alguns veículos que por ali iam invertendo a marcha, longe das questões da vida da sociedade portuguesa e suas polémicas ocas, senti-me realizado. Não, o papel que escrevo e tento representar de nada serve, mas estava em paz, vazio, silencioso... enorme. Estava ali, mas poderia estar noutro sítio, longe, longe, longe que seria indiferente. Ninguém reparava em mim e eu, pouco precisava de ali estar. A serenidade era independente do local, do que estava a acontecer ou de qualquer outro factor perceptível.

Dei por mim a olhar para lado algum. Já não me lembrava que, tentando vislumbrar ao longe, aquele casal tinha passado por ali. O rasto dos passos da rapariga triste e cabisbaixa, de óculos escuros, deixaram de estar paralelos ou de o ser. Simplesmente perderam-se no lonjura das dunas e as partículas finas de areia, recusaram-se a perpetuar aquilo que é efémero. Sem reconhecer as pessoas que ainda há pouco por ali tinham passado...

Percebi que as pessoas são agora, deixam de o ser a breves momentos. Aparecem aqui, desaparecem por ali, logo a seguir, parcos instantes, brevíssimos. O que nos parecia, ao longe, passados que estão, deixam de o ser. Continuam a parecer, mas, sentado no capot, não me levanto para caminhar mais atrás, mais depressa e alcançar o que já pouco distingo. Passou. Deixa ir. Voltará? Não sei, mas a vida não se faz de certezas ou jogos ou conhecimentos dogmáticos do que se julga reconhecer. Não sabemos. Conhecemos por instantes. Passam.

Sentado no capot, não espero que voltes. Já nem o rasto, nem a silhueta me ajuda. No meio de tudo o resto, deixei de te conhecer ou distinguir. Deixei de me impor uma espera que não acontecerá ou, a acontecerá, não sei se será tão boa como terá sido, quando os teus passos e os meus, não deixavam rasto, nem pegadas porque a luz dos nossos rostos nos elevavam no ar e suspendiam todos os momentos breves, em imensidão temporal sem fim. Nos dias que cabiam nos nossos segundos, cheios, ricos e sublimes.

Levantei-me, sacudi-me, inspirei fundo mais uma vez, elevei os olhos, estiquei-me. Observei uma ultima vez, apurei a vista, mas de facto, já tinhas passado à muito. Tirei a chave, abri a porta, instalei-me no banco. Alto.

A porta ao lado abriu-se também. Afinal estavas ali! Tão perto. Naquele momento senti que nunca dali tinhas saído e que o toque suave do conforto que sentia, não era eu, mas tu que me tocavas e, mão na mão, sentíamos ambos que o mundo, aquele e o outro que estava longe, era só nosso. Ali, agora e sempre!

Sabes que sim.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

sair ainda de dia = bom

Quando finda o dia de trabalho e sigo o meu caminho de regresso a casa, posso, entre um número infindável de outros, pelo menos, escolher dois caminhos. Os que me são mais rotineiros...

Num deles é só acelerar, fazer razias aos automóveis que teimam em não se desviar e, mais ou menos prego a fundo, seguir até ao imóvel que apelido de casa e onde me sinto como peixe na água.

Noutro, apanho ruas mais estreitas, tenho maior dificuldade em passar no meio dos carros, mas cruzo-me com um ginásio que tem uma grande janela, à frente da qual estão posicionadas estrategicamente as passadeiras. Serve, presumo eu que os responsáveis assim o pensem, para os atletas verem o que se passa cá fora e deste modo não ficarem tão entediados com o estupidificante exercício. Mas, por outro lado, também serve para os que passam cá fora deitarem um olhinho libidinoso às atletas.

Agora que já é de novo dia, quando lá passo, dá para apreciar melhor as atletas e algumas são... boas... crescidinhas... exercitadas... tonificadas...

Até lá chegar e para fazer o aquecimento, tirando novamente vantagem do facto de ainda existir luz natural neste caminho, também dá para ir apreciando alguns dotes das condutoras que se arrastam nas filas de trânsito da hora de ponta do final do dia.

É só vantagens!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Preciso de descanso!

Há muito que não tinha uma semana assim.

Obras, contactos, orçamentos, mudanças de chefia, incertezas, insegurança, passagem de informações, conflitos interdepartamentais, trinta cães a um osso, vinte cabras a um chocalho, resolução de problemas, substituição de colegas em férias, emails, telefonemas (destesto telefones!), sobrecarga de trabalho, novos projectos, coordenação, reuniões alargadas, pontos de situação, encontros, contrariedades, condomínios, problemas, situações tensas, stress, dormir pouco, sonhos parvos, insónias imensas...

Xiça!

Parece que todos os meus projectos e apostas não se conseguem concretizar! Que tudo o que idealizei está a sair ao lado ou mal ou diferente do sonhado ou com situações inesperadas pelo meio! Que tudo o que mais anseio não se concretiza e o que mais desejo se materializa na pessoa do lado!

Talvez seja apenas desta confusão toda. Talvez seja das mil e uma ideias que tenho e das muitas acções, reuniões, assuntos, preocupações que tenho que pensar, tratar, desenvolver e concretizar ao mesmo tempo. Talvez sejam as saudades do tempo em que me sentia protegido, ambientado, dono do meu espaço, do meu nariz, do meu trabalho, dos frutos que ele dava.

Quem sabe.. Quem saberá... Quem me dirá quanto falta para o fim disto tudo...

O tempo? Eu? A vida?

Pode ser que esta ponte me faça bem.

Espero!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Um «test drive» ao Bresser Primax II 25-75x90 - parte I

Já há algum tempo que resolvi experimentar o "Telescópio terrestre" supracitado, que estava, está ou estará novamente disponível no Lidl apenas por 150€, com tudo: tripé, suporte universal para digitais, estojo, filtro lunar, etc. Vejam aqui.

Um mês para experimentar, se não gostar devolvem-me o dinheiro, caso esteja tudo em condições e completo... Porreiro!

Sabendo de antemão que as boas marcas comercializam instrumentos semelhantes a um preço 100 vezes superior aos tais 150€ deste, apenas e só o telescópio, a qualidade da imagem ou do produto e acessórios em geral, teria que estar um pouco aquém, mas a aparência exterior do Bresser é boa. O primeiro impacto foi positivo!

Aspecto da lente frontal do Bresser Primax II 25-75x90

Toca de montar tudo, tripé, pesado, muito bem...

Primeiro contra; o suporte é bom no geral, todo de ferro e pesado como deve de ser para dar a estabilidade necessária, mas a cabeça do mesmo tem uma folga de uns largos milímetros a alguns poucos centímetros, o que na máxima ampliação do telescópio dá uma diferença de muitos e largos metros. Para acertar com o motivo que se deseja observar, é um desatino! Mesmo na ampliação a 25X, é bastante complicado gerir esta folga.

Aspecto exterior do Bresser Primax II 25-75x90. Aqui pode-se também observar a cabeça do tripé

A olho nu a qualidade é razoável, mesmo na ampliação máxima. O detalhe é satisfatório, notando-se no entanto uma grande alteração cromática a partir das 50X / 60X. O ideal é usar este telescópio até às 40X o que já de si é uma enorme ampliação, como se poderá ver a seguir pelas fotos exemplo.

Bom, vamos lá então experimentar tirar umas fotos com uma máquina digital compacta... Vá de montar o suporte universal para digitais compactas (este suporte não serve de modo algum para outro tipo de máquinas, dadas as suas dimensões).

Segundo contra; mesmo sabendo que os especialistas não recomendam a Canon G2 para digiscoping (arte de fotografar com o auxilio deste tipo de telescópios), como era a máquina digital compacta que tinha disponível, foi a que usei no teste. Não cabe no suporte universal para máquinas digitais! Universal o tanas! Mas toca de desenrascar e lá consegui encaixar a máquina e tirar umas fotos.

Nas fotos a qualidade deteriora-se grandemente. O sistema de “lentes sobre lentes” degrada ainda mais a qualidade do que quando utilizado apenas para observação a “olho nu”.

Seguem-se alguns exemplos de fotos que tirei...

Vista geral

O cenário foi este e os pormenores, quase imperceptíveis sem qualquer ampliação, estão assinalados devidamente com um círculo vermelho e círculo azul (carregar nas imagens para ver em tamanho original e sem qualquer tratamento), que apenas surgem na versão original da foto, dado que nesta já reduzida, não eram compreensíveis de todo. Carreguem sobre a foto...

Folhas de laranjeira muito queimadas pela luminosidade forte. Nota-se já grande deformação cromática (tonalidade azul "à roda" dos ramos), mais visíveis ainda na versão original

Com menor ampliação, as folhas desta tangerineira ficaram com menos deformações cromáticas, no entanto a luminosidade continua a ser um problema

Mais uma vez a forte luminosidade, na foto deste candeeiro (assinalado na vista geral com um circulo azul, na parte esquerda da imagem). Mesmo com tempos de exposição baixos foi difícil obter um bom equilíbrio de cores e luminosidades

Para fotos a partir de 30X a qualidade torna a fotografia quase impossível de ser utilizada. A ampliação a 25X (a mínima ampliação possível) é o ideal e as fotos saem razoavelmente aceitáveis, não com um detalhe extraordinário, mas dá para perceber o que se está a fotografar. Claro que o meu objectivo é fotografar aves, por isso mesmo a 25X o detalhe das mesmas poderá deixar muito a desejar (e ainda não consegui apanhar nenhuma com isto, devido à tal folga do tripé que não me deixa acertar com o motivo a fotografar).

Foto com 25X de ampliação (assinalado na vista geral com um circulo vermelho, na parte superior da imagem). Os detalhes são fracos, mas reduzida a foto ainda se pode considerar aceitável. No tamanho original, nota-se que a qualidade é de facto fraca, mesmo com a ampliação minima

Foto ao mesmo pormenor (assinalado na vista geral com um circulo vermelho, na parte superior da imagem), mas com cerca de 30X de ampliação. O desfocado pode ficar-se a dever ao carregar no botão disparador da máquina

Conta também desfavoravelmente o facto de não ter nenhum cabo disparador / comendo funcional para a G2, o que provoca no sistema uma vibração na altura do disparo, condicionando também a qualidade das fotos que, tendencialmente, virão tremidas.

Das fotos depreende-se que a área utilizável da mesma é muito pequena com a utilização da Canon G2. A área preta da imagem (a parte da ocular que corresponde à não existência de lente) ocupa mais de metade do fotograma.

Ocular do Bresser Primax II 25-75x90
O Bresser Primax II 25-75x90 não engana ninguém: pelo preço ninguém poderia estar à espera de um telescópio ao nível de um Carl Zeiss ou outras marcas conceituadas no mercado. É bom para observação apenas (e tem que se contornar a irritante folga do tripé), mas para fotografia deixa um pouco a desejar.

A nível de construção geral não se pode apontar muito, dado que a mesma é boa, podendo mesmo ser comparado com outros modelos mais caros, se exceptuarmos a mais vincadas marcas do molde que, a mim pessoalmente, não me afectam muito.

O tripé, se comprada uma cabeça nova ou com a ajuda de uns elásticos potentes consegue-se contornar a folga que tantas e tantas observações poderá prejudicar ou mesmo impossibilitar.

Montado e pronto para o teste. Só falta o suporte universal para máquinas digitais, a Canon G2, retirar as protecções da lente e ocular e afastar o cortinado :-)

Deixei-vos aqui alguns exemplos com todos os defeitos que o meu teste possa ter tido, efectuado com uma Canon G2. Tem fama (basta pesquisarem no Google por digiscoping with a Canon G2 ou algo semelhante) de não ser boa para este efeito, mas na altura era a única máquina que tinha e por isso o teste feito com ela (posteriormente testei com outras máquinas, testes que a seu tempo aqui divulgarei).

Tentei tirar algumas fotos para ilustrar as minhas palavras e suportar, ou não, a minha opinião. As conclusões tirem-nas vocês mesmos e, se vale ou não a pena, depende da utilização que lhe vão dar e do tipo de câmara que vão utilizar e dos vossos critérios e expectativas pessoais.

Aqui tinha ficado bastante insatisfeito com o telescópio. Os testes posteriores, mostraram-me que com algumas modificações / máquinas diferentes, os resultados poderiam ser muito diferentes e bastante mais aceitáveis (perfeitos para um amador?)...