segunda-feira, 21 de abril de 2008

José Afonso, o eterno Zeca

É indiscutivelmente um dos meus cantores favoritos de todos os tempos, nacionalidades, géneros ou ritmos. Além de ter revolucionado o país, não só em termos musicais como ideológicos com as suas cantigas de intervenção e ideologia de esquerda, deixou-nos um legado de lindas melodias e poemas cheios de sentido, razão e sentimento.

Sabendo disso e como quem tem amigos tem tudo, enviaram-me recentemente um link para um blog que tem muita discografia do Zeca. E não só; documentários, testemunhos, letras, etc.

Esta que se segue, é uma das minhas favoritas...


(reparem no Fausto à guitarra...)


Redondo Vocábulo

Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
P'los degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Congregando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincavam e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa


A Cristina Branco tem uma versão desta mesma música, igualmente fabulosa. Podem ver e ouvir aqui.

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