quinta-feira, 17 de abril de 2008

Em Abril, águas mil

Até pode parecer que o último texto está adequado à data em que foi publicado. Estará se não levarem em conta que no dia em questão se tem obrigatoriamente que dizer (escrever ou transmitir a outrem de qualquer modo, através de um qualquer código) uma patranha. Não foi. Não é.

Certo que ultimamente me tenho apaixonado com muito facilidade, razão de estar ainda solteiro, encalhado para os mais rudes ou, quem sabe, o desespero de quem se vê sem a alma gémea ao lado, a isso leva. Penso que não seja nem uma coisa nem outra.

As mulheres gostam de se fazer notar. E como eu aprecio isso. Os dias bons que por aí vieram, fizeram diminuir as roupas e surgir os tops e as saías mais curtinhas, tecidos mais insinuantes e cortes mais provocadores...

A culpa é delas, das mulheres! São lindas, estão lindas e fazem-se lindas e gostam de o ser e de mostrar que o são. Provocam. Gostam do jogo de olhares e sorrisos e de saberem que nos têm na mão. E eu, não me importo nada e deixo-me ir. Como eu gosto de estar nas mãos de uma mulher! E elas gostam disso. Gostam de sentir a importância que eu lhes aparento dar. Ficam inchadas, felicíssimas da vida. Radiantes! E eu também. Rodeado de beldades.

Será pesado dizer que me apaixono. Gosto do flirt, desse jogo de quem quer, mas não come, de que comeria se pudesse, mas está de dieta e então nada feito, de quem quer unir duas madeiras sem prego ou cola, sabe que não conseguirá, mas não desiste do seu objectivo, apesar de o saber intangível, impossível, assim, desse modo.

É a essência da vida. Aposto que o Adão se comportou com a Eva do mesmo modo que nós nos comportamos, machos e fêmeas, que tiveram a mesma linguagem corporal, olhares e sorrisos matreiros e cheios de significado que temos hoje. O Adão com a Eva ou a Eva com o Adão que não sou pretensioso ao ponto de clamar este jogo apenas nosso, dos homens, machos conquistadores.

Mas há miúdas e miúdas, mulheres e mulheres... E por algumas, bem que tento resistir, mas apaixono-me. Tenho que me apaixonar perdidamente; é inevitável! Porque depois deste jogo de quem quer esconder, mas mostra tudo sem pudores, há algo mais. Só algumas têm. Aquele tempero que nos adoça ainda mais a vida. Que amplia o bom sabor que ela já tem. Delícia!

Estou apaixonado!

0 comentários: