sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Assador de castanhas, DIY

Material necessário:

- frigideira velha
- berbequim com broca 8
- água-pé

Agarram na frigideira e, com o auxílio do berbequim e a broca 8, façam furos a gosto, com o cuidado de não aproximar em demasia os buracos para que as castanhas não fiquem muito queimadas.



Podem também fazer com um velho tacho de alumínio, mas atenção, porque se o utilizarem directamente em cima das chamas, podem derretê-lo e abrir um buraco no fundo.

Antes desta frigideira usava um tacho... :)

Depois de tudo furado como em cima, assem as castanhas.



Pessoalmente prefiro assa-las apenas com brasa e não com chama e pouco tempo para que fiquem ainda meias cruas. Experimentem e vejam como lhes agrada mais...

Encham um copo (só um!) de água-pé e bom proveito.

NOTA - não posso ser responsabilizado por mães ensandecidas à procura de frigideiras desaparecidas, nos armários da cozinha. Leiam bem no material necessário: frigideira velha, inútil, que já não tem préstimo, lixo.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Gripe A - teoria da conspiração?



Consigo facilmente não me sentir surpreso perante algumas das afirmações desta senhora, Dr. Rauni Kilde. Noutras acho que caiu no exagero da mesma propaganda que acusa a outros. Uns a favor, outros contra...

No entanto, globalizando a teoria da conspiração e alargando-a - exercício que também não me custa muito efectuar - ao link em cima, vemos um texto algo depreciativo sobre a Dr. Rauni Kilde. Recordo no entanto que a Wikipedia é feita por utilizadores comuns como todos nós e daí, terá a veracidade que terá. Tal como nos casos falados no vídeo, cada um terá que analisar per si e fazer o seu juízo de valor, em relação a tudo isto.

Acredito que o início da passagem de uma teoria da conspiração a uma realidade, ocorre quando as pessoas se transformam em meros absorvedores de comunicações e factos que lhes são dados a conhecer, nem sempre na e da forma correcta ou nas proporções reais.

No caso da gripe suína ou gripe A, senti e sinto e julgo ir continuar a sentir, um exagero pandemico generalizado muito desproporcionado que nos leva a comprar desinfectantes, tomar vacinas e ficarmos fechados em casa. Por medo? Por segurança? Por descargo de consciência? Porque... sim?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A história da Olimpus Pen - 50 anos em 3 minutos

Este vídeo é uma peça publicitária, para a qual a Olympus tirou mais de 60 mil fotos, imprimiu 9600 e tirou mais 1800 para fazer o filme que está em baixo e que, segundo a marca, não tem nada de pós-produção; é uma colagem pura e simples.



A primeira aparição da Pen ocorreu no longínquo ano de 1959, tendo a sua produção cessado em 1980. 50 anos depois, rejuvenesceu-se e tornou-se digital.

Será que vai conseguir manter a mesma "áurea"?

http://www.olympus.eu/penstory/

* num fotograma (do rolo), tira duas fotos, obviamente, metade do tamanho das "normais"

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Eleições e protagonistas do «mundo português»

Apesar de estar longe do país (consequentemente não fui votar e não me orgulho nada disso), gostei do relato "em tempo real" que me fizeram dos resultados das mesmas.

Gostei de saber que alguns dos trafulhas da nossa praça política, apesar dos presentes e doutras "promessas vigárias" ao povo, ficaram por terra. Lamentei saber que outros ainda passaram como heróis em mais um acto eleitoral, vendendo que, apesar das dificuldades e das calúnias que lhes moveram, venceram com o povo a seu lado.




Não consigo perceber porque é que estas imagens teimam em aparecer aqui, "picadas" doutro blog... Completamente descabido... É um bug qualquer do blogger, só pode... Juro que as tentei apagar N vezes!

Acho que lentamente estamos a ir lá, a abrir os olhos e a deixar a manada de carneiros onde nos enfiaram durante anos a fio, com música para os ouvidos e mel para a boca. Estamos digo, nós, o povo da cepa torta. Infelizmente parece que a justiça e os governantes não querem acompanhar o pulsar do país.

Vamos, por exemplo, ver o que dá o caso "Face Oculta". Sendo que já há muito se falou (e viu!) de suspeitas sobre um determinado sujeito, suspeito neste caso, que, desde que entrou para a política activa, tem crescido de importância a olhos vistos e com ele o seu património. Ah, perdão, foi o património da família directa, o dele não coitado. Serão só calunias? Apenas suspeitas levantadas pelo povinho invejoso?

Cheira-me a que os tribunais o vão confirmar como tal, mas gostava muito de estar errado e dar-lhe um condomínio, pago por todos nós. Desde que tivesse quadradinhos de ferro na parte de fora das janelas, até o deixava escolher a localização; mais virado a sul, mais de fronte para o norte... Só para que a exposição solar fosse a gosto do locatário... tadinho!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Porque gosto!



E lembra-me bons e inocentes tempos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Se conduzir, esqueça que tem telemóvel, por favor!



É duro, muito duro, mas que se pode mais dizer ou mostrar a quem ainda teima em utilizar o telemóvel enquanto conduz?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

RIP Raúl

Diz-se tantas vezes, ao ver o crescimento rápido e vigoroso dos que eram ontem crianças, são eles que nos fazem ficar velhos. É um facto, se eles se tornam adolescentes ou adultos, os adolescentes têm que ficar adultos, os adultos tornam-se “pré-idosos” (engraçado como não há uma designação que abarque os adultos mais velhos ainda não idosos) e assim sucessivamente.

Mas e os velhos que vão falecendo? Não são também eles um sinal de que vamos passando pelos anos? De que os que ontem eram adultos, hoje são idosos e os “pré-idosos” de outros tempos, se tornam nos defuntos de hoje?

Gosto mais da primeira analogia, até talvez por esta ter uma perspectiva mais agradável desta história da passagem do tempo. Sim, porque se as crianças são o melhor que o mundo tem, e não duvido, é bom lembrá-las em muitos momentos da vida. Não sendo elas as culpadas, acabam por nos mostrar que o tempo acaba mesmo por passar.

Hoje foste tu, amanhã seremos nós!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Perpetuum Jazzile - Rains down in Africa

Get Flash to see this player.
Carreguem no play, depois no pause e deixem carregar um pouco, para ouvirem sem interrupções...

Vale muito a pena!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Inversão de valores

Já muito ouvi falar, li, ouvi, sobre a inversão de valores. Passou-me um pouco ao lado, confesso. Concordei, claro, mas pouco me importou naquela altura, o impacto que isso estava a ter. Agora também pouco me importa, enquanto indivíduo singular, mas começa-me a preocupar um pouco mais, enquanto membro de uma sociedade.

Devido às recentes eleições para o meu Sport Lisboa e Benfica, vulgo SLB, dei por mim a seguir mais ou menos atentamente, o desenrolar de todo o não pacífico e pouco claro processo. Parece que já é hábito ser assim, qualquer processo democraticamente acessível, em Portugal... Durante esse processo, no meio de tantas outras leituras, leio qualquer coisa relacionada com uma agência de comunicação e imagem que estava a acessorar a campanha do Luís Filipe Vieira (FLV).

Não me preocupa que possam pensar que sou fundamentalista ou tão pouco que não tenho qualquer razão, mas, se estas pessoas precisam de alguém para lhes fazer um perfil favorável, não serão uns charlatães do pior? As pessoas fazem-se pelo que são, não pelo que dizem que são ou pelo que alguém diz delas... Eu penso assim!

Generalizando isto a quase todos os sectores (já ouvi boatos de campanhas deste tipo, dentro de grandes empresas, para concorrer a determinados cargos de gestão), não estaremos nós a “votar” em gente inadequada? Naqueles que vendem melhor a banha da cobra? Não seria desejável o oposto? Escolher quem melhores valores e condições tem para determinada tarefa?

Não, não sou diferente ou melhor que ninguém (há quem fique com esta ideia ao ler estas linhas que por aqui vou escrevendo) e acabo por ir na mesma onda; ouvir e aceitar sempre foi e será mais fácil que pensar, escolher e acertar. Se todos acabarmos por escolher o mesmo, por facilidade, por comodidade, o "menos mau" torna-se "o certo". Se ninguém falhar, se ninguém (sobre)sair das massas, não há chatices, confronto (de ideias e valores), stress... E quem não quer uma vida sossegada, sem sobressaltos?

Na hora de escolher, sempre que me dão essa oportunidade, tento no entanto lembrar-me sempre disto. Como qualquer um de nós quando arrisca uma alternativa, uma escolha, falho algumas vezes, acerto outras e fico indeciso na maior parte delas.

Estas campanhas, só ajudam à confusão... Será isso que pretendem ou será esclarecer?

terça-feira, 30 de junho de 2009

Ruralidades

É parar-se na rua para cumprimentar quem não se conhece e passar uma tarde inteira à conversa, versando sobre assuntos que nunca imaginamos conseguir alimentar uma conversa, durante tanto tempo, com tanto interesse.

É lançar-se algo à terra só porque sim, para não se perder tudo e seja o que Deus quiser, logo se vê o que dá e, meses depois, sem ter tido qualquer atenção ou trabalho, recolher, recolher, recolher, conseguir com isso jantar e ainda sobrar para mais refeições.

É conseguir sentir o sabor bom das coisas da terra, da diferença das coisas de lá e de cá, dos supermercados, plásticas e adulteradas, apenas pelo lucro de alguém.

É subir um caminho íngreme e sentir o vento fresco e limpo, em pleno verão, sem escapes, sem stress, tendo todo o tempo para o saborear e, saber que no dia seguinte assim será novamente. E depois e no outro novamente, ciclicamente, sem parar, numa perfeição que assusta e conforta.

É mergulhar as mãos em concha a um riacho e poder beber sofregamente, sem o medo de nada, com a certeza de que mais puro não há, sem ter que, em troca de matar a essencial sede, dar uns euros.

É deitar na serra, numa noite escura e observar, apenas acompanhado pela brisa e cantar dos grilos, o céu estrelado, os planetas, ver estrelas cadentes e pedir desejos com a fé inabalável de que se vão realizar e ter a via láctea como testemunha única.

É ver o crescimento das árvores, vê-las ultrapassar o plantador, vê-las fortalecerem-se ano após ano e retribuírem assim o carinho e atenção que lhes damos, como o bem mais precioso que existe, sem olhar a medidas: deste-me pouco, dar-te-ei muito!

É ouvir dos antigos ensinamentos perdidos que nunca chegarão às cidades, que apenas persistiram nos vales e socalcos que vemos e que aprendemos a amar, pelas histórias, pelo esforço, pela admiração de sermos filhos de uma terra árdua, dura e inóspita, mas que sempre soube recompensar a dedicação e o esforço dos nossos antepassados e, agora, nosso.

É ter saudades do folclore e dos bailaricos, independentemente de os conseguir apreciar ou dançar convenientemente, pela tradição, pela partilha, pela saudade do calor das gentes do campo, do seu cheiro, de as sentir nos braços enquanto se dança.

É vir embora de tudo isto e sentir um aperto enorme, uma vontade inabalável de ficar, de ser, ali, só ali, um dia, todos os dias. Aquilo que ouvimos, vemos, aprendemos e sentimos, deixar ficar para quem virá e, como nós fizemos, aprendam a amar aquele cantinho, por tudo, por ele apenas e pelo que nos dá despretensiosamente.

É chegar à cidade e estar preocupado se chove ou não, porque se adubou as árvores e uma chuvinha vinha mesmo a calhar, apesar de provavelmente chegar encharcado ao trabalho ou ir agravar as infiltrações que teimam em vencer o betão e tijolo lá do prédio.

É muito mais, sentir-se muito mais do que isto mas por simplicidade, por incapacidade, por rudeza, por defeito, não se conseguir palavras bonitas nem frases elaboradas para o fazer: passem por lá, apaixonem-se e sintam!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mundo cão

Cão que ladra não morde, sempre disseram e eu, bom cão que sou, só ladro um pouco, não mordo nada. Mais, só ladro aos que passam, não aos que por ventura param com o meu ladrar. Não têm mesmo razão para se assustarem; mais vos digo que os dentes são rombos, a visão fraca e o medo de levar um biqueiro, enorme, pelo que mesmo que tivesse ganas de morder, por engano, por uma vez que fosse, acho que nunca conseguiria. Ainda assim e como me está nos genes, ladro, ladro sem parar.

No outro dia rosnava sobre o estado das coisas. Nada disto é novidade, porque muitos rosnam sobre isto, mesmo humanos, poucos mordem por isto; lá está, sou só mais um na matilha e nem dos pioneiros, dos que mordem a torto e a direito quem à frente se põe, sou ou me sinto.

Mas dizia eu que rosnava. Não porque sim, mas porque sentia que tinha que o fazer. Sinto que o rumo das coisas está feio. O meu dono já não me faz festas quando chega a casa. Tarde, cada vez mais tarde. Sem paciência, com muito pouco paciência, cada vez menos paciência. Interrogo-me sobre o porquê da minha existência? Se sempre fui o melhor amigo do homem, porque é que o deixei de ser agora, de repente? E não é só o meu dono; noto agressividade e alheamento, desinteresse talvez, dos que por mim passam na rua. Pergunto-me porquê; deixei de ter interesse?

Um dia resolvi ir ter com o mundo.

Dizem que é cão, perceber-me-ia de certeza.

Continuo a caminho, vou vendo, elaboro novas perguntas. Pode ser que me consiga responder. Quando o encontrar. Se o encontrar. Se calhar, penso, tenho procurado no sítio errado!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Medo(s)

Tenho medo disto!

Tenho medo dos dias que começam mal.
Tenho medo dos dias que acabam bem (demais).
Tenho medo do que dizem.
Tenho medo do que pensam.
Tenho medo do que não dizem.
Tenho medo daqueles que não pensam.
Tenho medo de ti.
Tenho (muito) medo de mim.
Tenho medo do sim.
Tenho medo do não.
Tenho medo de decidir.
Tenho medo de não sentir.
Tenho medo de sentir demais.
Tenho medo do exagero.
Tenho medo do calor.
Tenho medo do frio.
Tenho medo de ser apanhado.
Tenho medo de não fazer nada.
Tenho medo que digas sim.
Tenho medo (enorme) que digas não.
Tenho medo do desconhecido.
Tenho medo de ir e não voltar.
Tenho medo dos cínicos.
Tenho medo dos poderosos.
Tenho medo dos justos.
Tenho medo dos injustos.
Tenho medo da miséria.
Tenho medo da riqueza.
Tenho medo das máquinas.
Tenho medo de escrever.
Tenho medo de gelar (de vez).
Tenho medo do abandono.
Tenho medo das companhias.
Tenho medo de viver (demais).
Tenho medo de perder.
Tenho medo de (muito) ganhar.
Tenho medo de acreditar.
Tenho medo da exposição.
Tenho medo do isolamento.
Tenho medo de ver.
Tenho medo do esquecimento.
Tenho medo de beber.
Tenho medo da sede.
Tenho medo do sofrimento.
Tenho medo do sol.
Tenho medo da cidade.
Tenho medo de imigrar.
Tenho medo de nada fazer.
Tenho medo de agir.
Tenho medo do ridículo.
Tenho medo de fugir.
Tenho medo do imenso.
Tenho medo do exíguo.
Tenho medo de cair.
Tenho medo de reparar.

Tenho medo daquilo!

Tenho medo.
Tenho medos...

terça-feira, 26 de maio de 2009

twitter power

Criei há tempos uma conta no twitter. Não iria fazer daquilo um diário SMS style dos meus dias, mas como soube da existência do twitterfeed, um serviço que importa directamente para o twitter, via feeds (RSS, atom, etc.) a nossa actividade noutros sites, não custava nada: posts no blogue, fotos no Flickr ou as imagens no Imageshack e automaticamente o meu twitter iria sendo actualizado. Ao mesmo tempo poderia seguir alguns amigos que já lá tinham conta.

Mais um, pensei eu, entre tantos hi5, facebook, fóruns...

Recentemente comecei a reparar que algumas das minhas fotos no Flickr tinham incomparavelmente mais visualizações que outras colocadas na mesma altura, versando sobre o mesmo assunto. Se fosse hábito nunca repararia neste facto, mas normalmente havia um padrão de visitas entre elas e, mesmo as que tinham um valor superior, dentro de um lote, nunca tinham valores tão díspares como os que observava agora. Estranho...

Com os novos uploads o padrão mantinha-se: num lote de mais de cinco fotos carregadas, as últimas cinco tinham sempre mais do dobro das visitas das restantes.

Acabei por perceber que o twitterfeed apenas importava para o twitter as cinco últimas fotos (caso fossem carregadas mais) e era essa aparentemente a razão do maior número de visitas que elas registavam. Verifiquei nas estatísticas e os referers disponíveis mostravam isso mesmo (apesar de não transparecerem a totalidade do aumento das visualizações – em investigação): twitter rules!

Ora isto não me assusta nada. Antes pelo contrário é cómodo (e simpático) para quem tem conteúdos interessantes ou quer desenvolver um projecto decente, interessante ou que possa ser do interesse de alguns. Considero o manter contacto ou as conversas de café, como um deles.

A parte que me assusta é quando vejo todos os dias mails na minha caixa de correio electrónico que me alertam para novos utilizadores a seguirem-me no twitter. Não tão infrequentemente quanto isso são... twittamers (spammers no twitter) a seguir contas de outros utilizadores, para conseguirem ser populares e que as suas contas sejam vistas por alguém e com isso mostrar aquilo que não tem qualquer interess: páginas apenas com blocos de publicidade ou referencias para páginas perigosas (vírus, trojans, etc.).

Pior, pelos vistos o Google indexa as contas do twitter (ao contrário do que li aqui) e quem percebe um pouco do funcionamento da Internet, sabe que os motores de busca seguem links. Ora se um twittamer me está a seguir, tem um link na minha página de seguidores (followers) e automaticamente a sua conta será seguida pelo Google e demais motores de busca. Pior ainda, se a minha conta do twitter for popular nos motores de busca e tiver bom PageRank, tendencialmente a conta do twittamer tendencialmente crescerá no PageRank, porque está ligado à minha página com boa reputação.

Baralhando e voltando a dar: faço uma página com blocos de publicidade do Google (Yahoo, Sapo, etc.), crio uma conta no twitter, coloco um link, sigo uns quantos utilizadores (populares de preferência) e espero pelos resultados. Pouco ou muito, em mais ou menos tempo, alguma coisa irá lá cair... Apesar de todas as regras, verificações e validações que o Google (e todos os outros) diz fazer, nunca foi tão fácil ganhar dinheiro!

Quem perde são os anunciantes que não atingem as suas audiências, apesar de investirem o seu dinheiro e todos nós que fazemos da Internet uma ferramenta de trabalho que perdemos credibilidade, apesar de todo o esforço em construí-la e partilhar conteúdos que não beneficiem unicamente o seu autor.

domingo, 17 de maio de 2009

Yashica Electro 35 - substituição da pilha original

Tenho duas Yashica Electro 35; uma GS e uma GSN.

A GSN é de família e ainda tem a bateria original de 5.6V (que será mostrada mais à frente). A GS, quando a adquiri, não trazia pilha.

Uma pesquisa na Internet mostrou-me que as pilhas originais se tinham deixado de fabricar. Mostrou-me também que se podia, com algum trabalho, ligar uma contemporânea V28PXL de 6V, apesar das diferentes voltagens (e tamanho).

Existem no mercado alguns adaptadores, mas caros. Ora, caro e a existência alternativas são sinónimos de mãos à obra; sai um DIY!


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #1

Aqui estão as minhas duas Yashica Electro 35 - uma GS e outra GSN.


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #2

Eis o material necessário:

- fita-cola;
- rolo de papel higiénico, gasto;
- x-acto;
- tesoura;
- caneta com mola (espatifada, de preferência);
- pilha V28PXL.

Tirando a pilha, que mais precisam de comprar?


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #3

Aqui está o compartimento da pilha (lado esquerdo da imagem). Podem encontrá-lo virando a máquina de “pernas para o ar”...

Podem desapertá-lo com o auxílio de uma moeda de 0,05€.

Se não sabem como fazê-lo...


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #4

Agarrem no rolo, meçam uns 4,5 cm aproximadamente e com o auxílio da tesoura ou do x-acto cortem a porção medida.

Não precisam de ser muito exactos, interessará mais a espessura do conjunto que a altura do mesmo.


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #5

Com o pedaço de rolo que cortaram, enrolem à volta da pilha V28PXL, de modo que a pilha fique justa (não descaia se pegarem apenas no cartão do rolo).

No final, colem o rolo com fita-cola QB.


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #6

Das duas experiências que fiz com rolos de marcas de papel higiénico diferentes, a dimensão ficou sempre certa com a totalidade do rolo, mas experimentem.

Se estiver largo demais e não couber no compartimento da pilha, descolem um pouco do rolo que enrolaram à volta da pilha e voltem a tentar, até conseguirem que o conjunto rolo + pilha entre sem muita folga.


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #7

Depois de finalizado o passo anterior, temos que fazer com que o pólo da pilha consiga fazer contacto com a máquina.

Aqui entra a mola da caneta e mais um pedaço de rolo.

Cortem cerca de 1,5 cm de rolo e enrolem-no à volta da mola (semelhante ao que fizeram anteriormente para a pilha).

Este pedaço terá que entrar dentro do conjunto rolo + pilha, pois servirá de complemento ao conjunto, para que fique com a altura da pilha original.


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #8

O aspecto final de tudo o que fizeram até agora, nos seus devidos lugares.


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #9

Coloquem o conjunto dentro do compartimento da pilha.

Ficará algo do género...


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #10

Apertem...


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #11

Se tudo tiver corrido bem, se pressionarem o botão "Batery Check" (na parte oposta à lente). Deve-se iluminar o indicador de posição do rolo, como na imagem.


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #12

Se pressionarem o botão de disparo até meio, devem iluminar ou o "Slow" ou o "Over", a não ser que tenham acertado na abertura correcta.

Experimentem mudar para os extremos da abertura...


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #13

Para comparar, aqui a Yashica GSN, com a pilha original.

A intensidade luminosa é muito mais suave (afinal são 5.6V na pilha original e 6V na pilha nova)...


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #14

Pilhas: nova à direita e original à esquerda.


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #15

O conjunto DIY e a pilha original.


DIY - Yashica Electro 35 - Replace ur 'zed batery - #16

Este passo serve apenas para deixar um alerta.

Caso tenham feito tudo como descrito e não tenham conseguido ter sucesso, verifiquem se a tampa do compartimento da pilha tem o autocolante mostrado (tampa à direita) na imagem. Se sim, descolem-no, coloquem tudo no lugar e tentem novamente.

A GS trazia este autocolante, mas a GSN não o tinha. Não sei se nunca terá tido ou se em algum momento da sua vida o tiraram.

A primeira vez que fiz este DIY, não resultou e pensei que tinha queimado a máquina ou algo do género, mas, depois de analisar o conjunto e ver que a mola iria bater exactamente no local do autocolante, descolei-o e tudo funcionou na perfeição.

Boas fotos!

NOTA - sigam estes passos se quiserem, ninguém vos obriga! Quaisquer danos que possam infligir às vossas máquinas mesmo que remotamente relacionados com este DIY, são da vossa exclusiva responsabilidade!

P.S. #1 - Deixo-vos dois links para descarregarem o Manual de utilizador da Yashica Electro 35 GS e o Manual de utilizador da Yashica Electro 35 GSN.

P.S. #2 - também pode ser consultado, no meu Flickr...

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terça-feira, 21 de abril de 2009

O Prometido é devido, Sr. Engenheiro!



Nunca tinha visto.

Gostei.

Como estamos quase no 25 de Abril, aproveitei.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Hospitais

Os hospitais são um sítio cruel. Não porque apenas vamos lá parar porque estamos doentes ou infelizmente, alguém próximo de nós estará e nos "obriga" a visitas. Sim, isto é cruel, duro e altera a nossa rotina, mexendo connosco, forçando o nosso lado psicológico a uma reacção positiva que nem sempre conseguimos ter como desejaríamos. Mas não creio que seja só.

Cortar abruptamente os laços que criamos com as outras pessoas, também é doloroso. Visitas rotineiras ou doentes ou staff hospitalar, com quem partilhámos o mesmo espaço. Saber que no nosso dia-a-dia vamos deixar de rever rotineiramente as pessoas que desconhecíamos, mas que, ao final de algum tempo (espera-se que reduzido), começamos a sentir como amigas, parte do nosso mundo, como peças importantes e queridas da nossa vida. Que nos levaram a sentir quase com a mesma intensidade, o carinho que despendemos aos nossos ou que recebemos nós de quem nos visita. Se as melhoras que nos levam a partir do hospital nos alegram, a tristeza de deixarmos para trás aquelas pessoas que se tornaram importantes, neste tempo, também existe.

Trocam-se números de telefone, moradas e promessas de visita, mas muitas delas, nunca chegarão a acontecer.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Eles é que sabem...


(clique na imagem, para ampliar)

terça-feira, 31 de março de 2009

No país do Felgueira Torres Valentim da Costa Azevedo

Quem é da malta, está bem!

Bem poderia ser o lema deste agrupamento de pessoas que se aglomeram num território, com larga e privilegiada costa marítima, no sudoeste da Europa. Conjunto de pessoas esse que sempre coabitou com o estranho hábito de se enganar mutuamente, com o benefício apenas de alguns, poucos e prejuízo de alguns, muitos. E, nesse jogo de ter e tirar, há os que conseguem subverter as regras do jogo e de culpados passar a exemplos, de bandidos a mártires adorados! Saem à rua e são adorados por bandos de pessoas histéricas e irracionais que ambicionam serem da sua laia, do seu grupo, da sua quadrilha de impunes exemplares e ou de como "se sobe na vida a pulso, com trabalho e dedicação".

Trabalho, sim, dedicação, sem dúvida, mas com muita corrupção; ressalvo, básica e fundamentalmente corrupção! Só assim compreendo que nem os tribunais lhes deitem a mão e que continuem num paredeiro que todos sabem, habitando as mansões que construíram com o que nunca foi deles, na vida imaculada que demonstram nas revistas do social, com páginas repletas de semelhantes igualmente exemplares e imaculados que todos ambicionam, invejam e querem, um dia, ser.

No final da leitura, arrancamos as páginas, forramos o caixote do lixo com elas, deitamos os restos de comer lá dentro e despejamos tudo no contentor. Lá se foi o exemplo! A vida continuará como sempre, amanhã uma nova impressão, um novo caixote, um novo forro, mas os personagens de sempre. Que desinteressante...

terça-feira, 24 de março de 2009

Gatos



Não morro de amores por eles (mas confesso que estou menos céptico, com o passar do tempo), mas a minha 350D gosta e até os consegue apanhar... vá... a modos que bem.

Acho eu...

Tenho aqui mais umas, se as quiserem ver.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Como reproduzir ficheiros FLV, localmente

O pulular de programas que, por alguma razão no tempo, instalamos porque precisamos para executar uma tarefa, irrita-me. Gosto que os programas que tenho, consigam abranger a maior parte das minhas acções com um computador. Por isso ando sempre à procura de aplicações versáteis.

Por isso mesmo, para ver FLV localmente, o formato popularizado pelo Youtube (significa Flash vídeo) e que democratizou o uso de vídeo na Internet, para os visualizar localmente tinha que ter um programa à parte, específico e apenas para aquilo, fazer outros malabarismos que não interessam relatar ou instalar o VLC (Vídeo Lan Client) e, com sorte, conseguir reproduzir algumas versões deste tipo de ficheiro. Que eu saiba existem as versões 1, 2 e 3, mudando com os players de flash que vão sendo lançados pela Adobe.

Como não gosto de monopólios, muito menos os que nos são impingidos (mérito para monopólios como o Google, induzidos, não impingidos!), a primeira opção foi instalar o VLC, como já disse, e remover o Windows Media Player (WMP)... No entanto o VLC também não lidava muito bem com eles; alguns reproduziam, outros não.

Outro problema é que também não aprecio muito instalar e desinstalar programas. Tenho sempre a paranóica sensação de que ficam entradas perdidas e inúteis no registry e ficheiros fantasma no file system a conspurcar as minhas instalações do Windows e a causar a indesejada lentidão que, adivinharam, também me preocupa, abomino e se puder evitar, supimpa.

Assim, imaginem a raridade, irritava-me o WMP não conseguir ver reproduzir os tão populares ficheiros FLV. Parece que alguém se irritou mais cedo, com este facto e criou as ferramentas necessárias para que o WMP passasse a permitir ver os FLV.

Segue um tutorial (para VLC e WMP)...


Instalar o FFDShow

Podem descarregar daqui.



Tenham atenção à configuração do programa e seleccionem a parte Decode the following video formats with ffdshow, seleccionem os formatos FLV1 e VP5/VP6.



Podem seleccionar mais formatos, mas se já os conseguem reproduzir, penso que não vale a pena alterarem esse procedimento.

Não receiem se passaram este passo (eu fi-lo), porque mais tarde podem sempre reconfigurar esta aplicação.

Existem mais umas opções, durante o processo de instalação, que penso serem fáceis de compreender...


Após instalação do FFDShow

Acedam a ffdshow video decoder configuration e na listagem de ficheiros suportados, escolham o FLV1 e, na coluna em que se vê o decoder que irá manipular este tipo de ficheiros, escolham libavcodec (desconheço o que significa).



Depois, acedam a ffdshow video encoder configuration e, mais uma vez naveguem até ao FLV1 e, tal como anteriormente, seleccionem o libavcodec, tal como o formato VP6F.




Para finalizar

Para quem usa o WMP, é ainda necessário descarregar o Gabest Flash Video Splitter para Windows XP/2000/2003, instalá-lo – duplo clique sobre o ficheiro descarregado – e pronto. Para versões mais antigas do Windows, descarreguem daqui


No final de tudo isto, já devem conseguir ver um FLV no WMP.

(veio daqui)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Todo-poderoso, só O que habita lá em cima

O nosso problema, não é (apenas) económico. O nosso problema, não é (só) estrutural. O nosso problema é (também) sociológico, de herança de atitude, de fraca participação cívica.

Não podemos esperar que tudo mude ou melhore com meras conversetas inconsequentes que temos no café, nas (muitas) pausas que fazemos no trabalho ou em vãos de escada. Todas elas com o mesmo assunto, objectivo, direcção: relatar interminavelmente o que nos apoquenta e que apontamos como inaceitável e origem de todos os males, nosso em primeiro, dos outros, de seguida, porque não queremos passar por invejosos na partilha da desgraça.

O dar à língua dominante no país, visto está, que não resolve nada! Não dá de comer a quem tem fome ou resolve os problemas de quem os tem (ou melhor, quem os não tem?). Contribui apenas para o avolumar da insatisfação reinante e do sentimento de nada poder fazer para mudar o que quer que seja, desde a simples pedra que apareceu na nossa entrada e que como não fomos nós que a ali deixamos, também não a iremos tirar de lá; quem quiser que a tire, até ao patamar de querer correr com o governo, esses corruptos, bandidos do pior; a culpa está em quem votou neles.

Gostamos todos que as coisas apareçam feitas e, se possível, possamos todos beneficiar com o trabalho que alguém teve e que nós, dizemos depois, sempre apoiamos desde o início. Se correr mal, diremos, eu sempre disse que ia ser assim, iam fazer e acontecer e o belzebu a quatro. É de facto mais confortável. Temos sempre a porta dos fundos, a desculpa, a mudança de discurso como alternativa para ficarmos do lado dos vencedores.

Sem dúvida que é mais fácil omitir do que discordar. O consenso gerado e as simpatias, muitas vezes promotoras, que angariamos, podem facilmente fazer mais por nós do que as nossas ideias ou valores contraditórios que, não querendo impingir a ninguém – via o pensamento livre – , gostamos de partilhar. A partilha pode ser confundida com impertinência ou imposição ou intromissão, mesmo desrespeito, e daí às consequências negativas, é um passito de bebé cambaleante que cai a cada dois que dá.

Uma coisa é certa: pensar e partilhar, conversando, escrevendo, etc. é saudável. Aprender, perceber, ver e voltar a pensar, reformulado ou não, é importante.

As argumentações todas, dos maus governos, dos políticos tiranos, dos patrões, da organização da sociedade, das pressões, dos ricos opressores, etc. Que tudo isto, não o dizia eu só, mas que era o sentimento geral. Todos se queixam do mesmo. Etc. Etc. Tudo isto, dizia, foi facilmente desmontado por alguém mais velho, quiçá (obviamente!) mais sábio que simplesmente me disse:

Sabes Pedro, obviamente que para mim e para ti isso é verdade. Os nossos valores são de facto diferentes dos que actualmente imperam. Mas vivemos numa democracia, aliás a democracia impera no mundo e se isso assim é, esta situação actual em que estamos, é a escolha da maioria. Se nós achamos isto tudo errado mas a maioria pensa que assim é que está bem e mostra isso com o seu voto, com a sua inoperância cívica, se calhar somos nós que estamos mal e somos nós que temos que repensar a nossa atitude futura e não "eles".

Ainda tentei argumentar. Do outro lado sempre um sorriso benevolente, um olhar que me admirava, pela irreverência e vontade, mas que me respondia num silêncio conformado; sabes, também já fui e pensei assim...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

«'tou aqui com uma dama chucha»

Depreendi que o significado fosse algo semelhante a estou aqui com uma gaja boa ou só simplesmente com uma miúda gira, mas será? Não tive coragem de indagar directamente junto de quem proferiu isto, por vergonha, por desconforto, por...

Acho que o "conflito de gerações" está a começar a atingir-me!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Xoné

Acho que estou a pifar! Sabem, aquela sensação de estar em todo o lado e não estar em lado nenhum? De querer fazer tudo, rápido, bem, perfeito e não ter paciência ou persistência para o fazer, para o grande final? De ter que fazer isto, aquilo e mais qualquer coisa e ver que o dia tem apenas 24 horas?

Está-me a fazer falta um momento em grande, livre, fora, de fora, lá fora!

Serra de S. Mamede, algures em 2006

Glossário

Xoné - expressão muito usada pelo meu avô paterno. Tão utilizada que acabou ele próprio por ficar "O Xoné". Residia em Trás-os-Montes. Longe.

Pifar - ir apurar o verdadeiro valor de π (PI) far far away from here. Longe.

Momento em grande - sair daqui para fora. P'ra longe!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Em dia de escrita, imagens para mostrar

Hoje apetece-me escrever... O pior é que tirando coisas sem grande interesse, não me ocorre nada. Já sabem, os que por aqui vão passando, que não gosto de falar de mim, da rotina, do tempo que vai fazendo... Gosto de conteúdo, de coisas palpáveis que possam ser úteis ou interessantes para outros. As banalidades triviais dificilmente o serão.

Não digo que não acabo por falar dos meus gostos: é inevitável. Fotografia principalmente, uma das grandes paixões e um motivo de interesses a partilhar quase infindáveis. Não preciso de ser um grande fotografo de renome, dono de uma vasta obra de qualidade indubitável; um mero amador terá muito que partilhar ou ensinar, por sua experiência, gosto ou...

Assim, vou ter que vos brindar com um semi DIY...

Há uns tempos, deixei cair a minha máquina de cortar cabelo. Como a sorte protege os audazes, caiu mesmo com a parte das lâminas no chão, tendo como resultado um enorme desalinhamento nas cabeças de corte e, consequência segunda, uma perca total da capacidade em fazer aquilo para que foi projectada e pela qual eu a comprei: cortar cabelo.

Ainda escarafunchei, desmontei, endireitei, mas não a consegui colocar novamente com o funcionamento inicial e desejado. Cortava é certo, mas também arrancava, o que além de ser doloroso, poderia contribuir negativamente para a saúde do couro cabeludo de quem a utilizasse.

A palavra é dura, mas a desistência tem que fazer sempre dos nossos planos, não numa derrota, mas num adiamento ou consciência das limitações que temos.

Ficaram algumas fotos e umas breves e grosseiras explicações (pode ser que vos ajudem)...


Depois da máquina aberta (basta desapertar os parafusos), este é o aspecto que tem. Não desmontei nada, saiu tudo com a abertura.


O mecanismo de funcionamento é o mais simples que pode existir: uma haste de metal (com a lâmina móvel numa das extremidades), duas molas e um electro-íman. O electro-íman funciona intermitentemente, atraindo a haste de metal para um dos lados e comprimindo uma das molas que, na interrupção da atracção exercida, obriga a haste a voltar à posição inicial. Cria-se assim o movimento das lâminas...


A extremidade onde encaixa a lâmina móvel. Aqui cheia de cola, porque se partiu, na queda da máquina.


Uma das duas molas...


A mola (em cima) é depois comprimida para um "parafuso" plástico que regula a intensidade ou curso da lâmina móvel.


No fim, foi o que ficou...

Não a consegui reparar, mas fiquei a saber, mais ou menos, como é que isto funciona. Coisa mais simples é quase impossível!

P.S. - sim, tive que comprar outra máquina :)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O tempo, passa



Fugimos parados, juntos, os dois, eu aqui e tu aí,
Num sítio nosso, familiar, sem saber reconhecer,
Aquele prazer de estarmos juntos, de novo, eu aqui, tu pr’aí...
Crê: custa-me já falar. Custa-me muito mais escrever.
Custa-me tanto querer-te, tão fortemente, já sem te querer!
Renego-te e desejo-te sempre aqui, encostada a mim,
Por mim e em mim. Sentir o teu calor e tremer,
Derreter, sonhar que seja a realidade assim, sempre assim,
Como sonhado, como ansiado, como eu a vi, vivi,
E eu, senti.

O desejo forte do reencontro, sempre, persegue-nos e alimenta,
A nossa alma, o nosso ser, a nossa vontade,
Mesmo antes de nos separamos, de novo e outra vez,
Devagar, lentamente, que reduzir a nada o que se fez,
É desumano e triste, como o mundo que nos sustenta.
Não, recuso afirmar que a distância em nós, não é verdade,
Assim me obriga o teu calor, de teu passou a meu e me acalenta,
De mim para ti, de nós para todos, de forma pura, isenta,
Mostrar aquilo que somos e temos, nosso, com vaidade,
Eu, de ti.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Arre, 'quecimento global

Nunca pensei.

Dizia sempre que o Inverno ou Verão me era completamente indiferente, que a chuva e o frio eram necessários e essas balelas, mas dou por mim, hoje em dia, a pensar no Verão, na praia, no calor do sol abrasador, quando o frio mais aperta.

AAA016
Acho que nem será só do frio ou chuva. São os dias pequenos. A falta de luz solar incomoda-me. Deixa-me poucas horas para vaguear sem rumo definido, ao ar livre, buscando aqui e ali o que fazer, o que ver ou sentir. Não gosto de ficar em casa. Por sistema, não. Não me importo de ficar um dia vá, dois, exagerando: uma semana, à lareira. Mais do que isso, detesto. Sinto a vida a esfumar-se, chaminé acima, como o fumo que a lenha deita ao arder...

Desconfio dos sábios que nos falam do aquecimento global. Tenho razões, acho eu. Façam uma retrospectiva pelos anos mais recentes e digam-me o último Verão que tivemos com 40 graus, como acontecia quando era criança. Eu digo-vos: 2005. Daí em diante temos tido Verões amenos, agradáveis, igualmente calorosos mas nada mais. O abrasador que se sentia sempre e que contribuía para o alastrar interminável de fogos florestais, desapareceu. Bom para os governos que se vangloriam do sucesso dos seus planos de prevenção e investimento na área de combate aos mesmos. Que tolos...

Pelo contrário os Invernos têm sido cada vez mais rigorosos, com frio, muito frio, fazendo até nevar em Lisboa. Coisa que em 25 anos de vida, nunca tinha visto acontecer. Perdemos a chuva ininterrupta, como era sistema, dias a fio, semanas sem fim, mas frio, julgo, temos muito mais. Talvez daí a minha afeição cada vez maior ao Verão; mais ameno, contrapondo com uns Invernos mais rigorosos e cinzentos. Difíceis de superar.