terça-feira, 7 de outubro de 2008

Pode ser que seja (apenas) do (mau) tempo...

Bem me tenho contorcido, retorcido, comprimido, inibido e mais coisas em ido ou não mas que evitam uma acção, de escrever aqui sobre a actualidade, crises económicas e porcarias do género. É um facto. Lendo os meus mais recentes escritos, não lêem cá nada disto, mas... Outro facto, enche-se, enche-se até que tem que vir por fora!

É quase ridícula a desfaçatez e superioridade com que manipulam a nossa vida! Não há maneira de descrever melhor, acho eu. É inadmissível que, apesar de todas as mentiras, de todas as injustiças de todas as manipulações falhadas que sempre se descobrem quando se chateiam as comadres, continuemos a deixar que nos façam de tolos e que, com papas e bolos, nos levem. É.

É digno de artista de circo com nariz batatudo e vermelho que nos queiram fazer entender que temos que patrocinar os prejuízos dos bancos e outras entidades financeiras, quando os gestores que as arruinaram, levaram na mesma os seus chorudos prémios de desempenho e produtividade, no bolso. Apenas e só para derreter em futilidades, porque ponho em causa que a partir de certo ponto, se precise de tanto dinheiro para sobreviver com a dignidade de um ser humano que não a mediocridade de um tirano cego, injusto e ditador. Quando eu e tantos outros por esse mundo fora, me depeno todos os meses para pagar, com toda a justiça, o que me é devido!

Até posso entender o financiamento desse buraco feito por incompetentes que nem sequer conheço ou reconheço qualquer inteligência ou autoridade, mas dêem-me ou a alguém com consciência social, sem avareza e competência comprovada, a oportunidade de mostrar como se faz. A oportunidade de mostrar que dividindo o muito (de mais!) que uns têm, por todos os que têm menos ou não têm sequer, podemos ter um sistema muito mais justo e estável e sem crises diárias que sempre pesam nos mesmos. Contribuir? Mais ainda? Com o quê, digam-me?

É anedótico que agora sejam injectados milhões de uma qualquer moeda, a fundo perdido, em instituições ou sistemas que faliram por mera gestão ruinosa e ganância. Chamavam-lhe mercado, leis da concorrência, sistema financeiro, economia dos países. Diziam que a tínhamos que deixar trabalhar, que só os mais fortes sobreviviam e era assim que as coisas tinham que ser. E agora? Querem milhões? Não façam isso, deixem o sistema funcionar...

Só mais um ponto que me suscita... dúvidas; lembraram-se de nós quando tinham lucros astronómicos? Não me lembro de terem vindo apelar à aceitação da maquia dos lucros que me cabia... Nem tão pouco de, não me tendo dito nada, ver o meu saldo a subir monstruosamente.

Este sistema está nitidamente falido. Foi-se. É como ter uma pessoa que só sobrevive ligada à máquina; não o é, não existe, nada podemos fazer para que ela volte a correr, falar, ver, sentir. Resta esperar. Que morra definitivamente e para todo o sempre. Não há velinhas de milhões ou injecções que a salvem. Desliguem a máquina e acabou!

Às vezes... Nem sei se me hei-de importar com ou desligar completamente da realidade. Como tenho tentado fazer. Deixar passar e acordar no “meu” mundo, descobrindo que afinal o que está a ser, não tinha sido. Desligar-me não tem sido fácil. E temo que nunca irá ser assim, nem agora, nem nunca!

E ainda tinha tantas lamúrias e desgraças do quotidiano para aqui deixar... Tantas forças negativas que tenho reprimido cá dentro, prontas a sair violentamente...

Pronto, desabafei!

Estou melhor, mude-se de assunto...

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